Radicais proíbem aperto de mão entre homem e mulher na Somália
O grupo islâmico radical Al Shabab proibiu o aperto de mãos entre homens e mulheres na cidade de Jowhar, no sul da Somália.
Além de proibir o aperto de mãos interssexual, a organização também vetou conversas em público e até o caminhar lado a lado entre homens e mulheres sem laços familiares.
O governo do Al Shabab afirma que todo aquele que for flagrado descumprindo as regras será julgado segundo a lei islâmica, a Sharia.
O correspondente da BBC em Mogadíscio Mohamed Moalimuu afirmou que a punição cabível provavelmente seria flagelação em praça pública.
"MANIFESTAÇÕES NÃO-ISLÂMICAS"
A maioria das rádios da Somália já suspendeu a execução de músicas seguindo as ordens de grupos islâmicos influentes como o Al Shabab e o Hizbul-Islam, que consideram canções manifestações não islâmicas.
As rádios afirmam que tiveram que obedecer as ordens dos insurgentes, caso contrário, vidas de funcionários seriam postas em risco.
Algumas rádios passaram a transmitir poemas tradicionais no lugar de música.
A Somália não tem um governo central estável desde 1991 e militantes islâmicos controlam grandes partes do território.
O governo de transição, com o apoio de soldados da União Africana e fundos da ONU, controla apenas uma pequena parte da capital, Mogadíscio.
Em 2009, militantes chegaram a proibir filmes e futebol e obrigaram os homens a usarem barbas em algumas regiões.
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