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Economia
Domingo - 09 de Janeiro de 2011 às 14:28

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Em 2010, quem queria comprar um imóvel encontrou crédito abundante, boa oferta de lançamentos e preços em alta. Com a virada no calendário, esse cenário também mudou: 2011 é um ano para usar recursos próprios na aquisição --e os preços tendem a se estabilizar.

"Os valores devem acompanhar apenas a inflação", avalia José Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).

"A alta se deu por causa do crédito oferecido, o que não deve ocorrer na mesma proporção. Hoje, vale a pena comprar imóvel para alugar, mas não para especular."

Como a elevação da Selic (taxa básica de juros, hoje em 10,75%) pode afetar, mesmo que pouco, as condições do financiamento imobiliário, o mais indicado é utilizar o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da poupança, analisa Ricardo Almeida, especialista em finanças do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).

"Quem não der um bom valor de entrada vai pagar caro. É a hora de fazer uso dos fundos guardados", concorda Crestana, do Secovi-SP.

É o que pretende fazer o químico Alessandro Frutuozo Crepaldi, 28. Ele se casou em 2007, mas mora com a mulher na casa dos pais, em São Mateus (zona leste), para juntar dinheiro e dar de entrada em uma casa de até R$ 180 mil no Grande ABC.






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