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Sexta - 07 de Janeiro de 2011 às 08:48
Por: Rafael Costa

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Enfraquecido por conta do mau resultado obtido nas urnas, o grupo oposicionista PSDB, DEM, PTB, além do PPS, que não faz parte da aliança das três primeiras siglas, vão promover alterações, já a partir deste ano, nas executivas estaduais das legendas. A escolha do novo presidente do diretório estadual do PSDB ocorre em março com a disputa polarizada entre o ex-prefeito de Sinop, Nilson Leitão, e o deputado estadual Guilherme Maluf.

Um dos fundadores históricos da legenda, o nome do ex-secretário de saúde Luiz Soares corre por fora. Têm direito a voto todos os filiados com situação regular perante o partido que é o devido cadastramento e contribuição financeira. Serão renovados os cargos de presidente, vice-presidente, secretário geral, tesoureiro e outros.

Leitão, que chegou a ter confirmada a vitória para deputado federal - perdeu a vaga com a validade dos votos de Pedro Henry pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antes barrado pela Lei da Ficha Limpa no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) -, prega a "refundação" do PSDB para a sigla se recuperar nas próximas eleições.

"Defendo que o diretório estadual inicie uma proposta de filiação nas diferentes regiões de Mato Grosso que identifique novas lideranças que possam ser opções nas eleições de 2012 e 2014. Não é por conta de uma nova derrota que devemos abandonar nosso projeto de fortalecimento com base nos ideais da social democracia".

Recordação - Antes maior legenda do Estado nos tempos áureos do ex-governador Dante de Oliveira, o PSDB atualmente administra quatro pequenos municípios que são Feliz Natal, Itiquira, Nova Monte Verde e Santa Cármem. O ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, que emergia como principal liderança do PSDB no Estado, é considerado uma figura política desgastada por conta da rejeição popular ao seu segundo mandato à frente do Palácio Alencastro. O ex-senador Antero Paes de Barros, que chegou a liderar a disputa pela segunda vaga ao Senado, acumulou a terceira derrota seguida numa eleição geral.

Na estratégia de reerguer-se perante o eleitorado, o PSDB tenta manter sua hegemonia em Cuiabá onde já acumula quatro vitórias seguidas na disputa pelo Palácio Alencastro. "Consideramos que é o primeiro passo para expandir nossa força ao interior e visar projetos mais fortes adiante", comenta a deputada federal Thelma de Oliveira, derrotada em seu projeto de reeleição.

Projetos - Em março, os democratas também darão o primeiro passo para visar novos projetos políticos com a escolha do novo presidente do diretório estadual. O deputado federal pelo Rio de Janeiro, Rodrigo Maia, desembarcou em Cuiabá recentemente ao lado do deputado federal pela Bahia Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, e o deputado federal Ronaldo Caiado (GO).

Em Mato Grosso, o nome mais viável é o deputado estadual e candidato derrotado a vice-governador, Dilceu Dal Bosco. Enfraquecido em sua representatividade desde 2008 com a derrota de Júlio Campos para prefeito de Várzea Grande, a estratégia é simbolizar políticos jovens em seu comando, a exemplo do que ocorreu no diretório nacional do DEM com Rodrigo Maia à frente nos últimos anos.

"Se for convocado para essa missão, vou avaliá-la com todo o respeito que o partido merece, mas não há nada definitivo", comenta Dal Bosco. Ele estará sem mandato a partir de fevereiro, um dos pontos que pesa a seu favor para administrar a legenda. Ao mesmo tempo, é bem visto pelo senador Jaime Campos e o deputado federal eleito Júlio Campos em aceitar o desafio de representar o DEM na inédita aliança com o PSDB em Mato Grosso disputando a vaga de vice-governador na chapa encabeçada por Wilson Santos.

Além disso, mostrou disposição em apoiar a candidatura do correligionário e irmão, Dilmar Dal Bosco, a deputado estadual, que veio a ser eleito.

Mantido - Por outro lado, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que compôs o arco de aliança com PSDB e DEM na eleição geral deve manter o prefeito de Cuiabá Chico Galindo à frente do diretório estadual. Único representante da legenda em um cargo expressivo no Estado, a ideia tem o aval do presidente do diretório nacional, ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Indefinição - Legenda que enfrentou forte embate interno por conta do rumo a ser seguido na eleição geral, o PPS renova o diretório estadual no segundo semestre. A tendência é que o deputado estadual Percival Muniz continue a frente do partido. Dos mais de 20 mil filiados, é o único que mantém cargo eletivo expressivo. Logo depois, aparece o prefeito Marino Franz de Lucas do Rio Verde. O atual secretário geral da legenda, Elismar Bezerra, defende que a legenda faça uma reflexão dos projetos políticos futuros após o insucesso na eleição presidencial. O PPS intergrou o arco de aliança a favor de José Serra (PSDB) e apostou na candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao governo do Estado. "A centro-esquerda brasileira deve rever seus valores. É inegável que o presidente Lula desempenhou um trabalho melhor que seus antecessores, favorecendo a classe trabalhadora, e é nisto que devemos apostar. O avanço do capitalismo tem deixado muitos setores trabalhistas desestruturados e devemos buscar aproximação com estes setores.





Fonte: A Gazeta

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