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Nacional
Segunda - 03 de Janeiro de 2011 às 19:34

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Numa posse concorrida e cercado pela cúpula do PMDB, o novo ministro Turismo, Pedro Novais (PMDB-MA) prometeu acabar com a farra das festas bancadas pela pasta. Anunciou também "esforço concentrado" de 120 dias para fazer o ministério deslanchar.

"Faremos a identificação e eliminação das áreas críticas, por onde escoam recursos públicos como festas", disse Novais.

Como a Folha mostrou, órgãos de controle suspeitam de fraudes com recursos do Turismo. Ministério Público Federal, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União vão auditar, em vários Estados, festas feitas com verba repassada a ONGs por meio de emendas.

Das 50 ONGs que mais receberam verbas da pasta para festas, a Folha apurou que 26 têm relação com políticos ou partidos e foram beneficiadas por emendas de nove deputados. As emendas respondem por 78,5% do orçamento total de R$ 4,2 bilhões do Turismo.

Apoio

Entre os atos prometidos nesta tarde, disse que vai buscar o apoio do Congresso aumentar a participação estrangeira no capital das companhias aéreas, para desafogar a demanda por voos no país.

A posse de Novais foi acompanhada por toda a cúpula do PMDB. Estiveram presentes o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do Senado José Sarney (AP), o presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO), além de ministros, deputados e senadores.

Orientado pela assessoria do ministério do Turismo, Pedro Novais saiu sem dar entrevista. No discurso, Novais chamou de "calúnia e ataque" da imprensa a divulgação de que ele usou a verba parlamentar de quando era deputado para pagar despesas de motel em São Luís, no Maranhão,

Com a voz embargada e acompanhado da mulher e dos filhos, ele disse que não se envergonha. "A alegria de ter sido escolhido ministro se misturou a uma grande indignação. Os ataques não me atingiram, assumo o ministério com a certeza de não ter cometido nenhum ato de que possa me envergonhar".

Pedro Novais ainda rebateu as críticas por ter 80 anos. "Criticam-me pelos meus 80 anos, mas só fui hospitalizado duas vezes. Há 10 anos para tratar hérnia e na década de 1950 para tirar as amídalas", disse.






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