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Comendador será julgado pelo assassinato do proprietário do jornal Folha do Estado, Sávio Brandão, que aconteceu há 11 anos
Arcanjo enfrenta júri popular em outubro
Ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro está preso na penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, Mato Grosso do
O bicheiro João Arcanjo Ribeiro irá em outubro a júri popular para responder à acusação de ser o mandante do assassinato do empresário Sávio Brandão, ocorrido há quase onze anos.
Em duas decisões divulgadas ontem, a juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal, negou todos os pedidos de novas diligências formulados pela defesa do "Comendador".
A juíza, em sua decisão, disse considerar que as medidas teriam cunho "meramente protelatório".
"Não havendo diligências a serem realizadas (...) e dou como preparado o presente processo, ordenando que o pronunciado João Arcanjo Ribeiro seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri", disse.
A juíza estabeleceu os dias 16, 22 ou 23 de outubro como datas "propícias" para a realização do julgamento.
A definição, porém, dependerá do senador Pedro Taques, que é uma das testemunhas de acusação e, por uma prerrogativa do cargo, pode ser "inquirido em dia e hora previamente ajustados entre ele e o juiz".
MOTIVO TORPE - Proprietário do jornal Folha do Estado, o empresário Sávio Brandão foi morto a tiros no dia 30 de setembro de 2002. O crime ocorreu à luz do dia, quando ele visitava as obras da futura sede do jornal, no bairro Senhor dos Passos.
A Justiça já condenou como executores do crime os ex-policiais militares Hércules de Araújo Agostinho e Célio Alves de Souza. Arcanjo, segundo a denúncia do Ministério Público, mandou matar o empresário em razão de reportagens que vinham sendo publicadas em seu jornal.
O bicheiro, que está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, irá responder à acusação de homicídio qualificado -por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa, que desde 2006 vem adiando por meio de recursos a realização do julgamento, alega que não existem "circunstâncias e indícios suficientes, conhecidos e provados, sobre a sua participação no crime."
Além do senador, constam da lista de testemunhas e informantes o delegado Luciano Inácio da Silva, que comandou as investigações do homicídio, a irmã de Sávio, Luíza de Barros Lima, e o então diretor-geral da Folha do Estado, Ciro Braga Neto.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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