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Déberson Ferreira de Jesus é acusado de fazer a prova de acesso ao curso pelo irmão dele e por um amigo nos anos de 2010 e 2011
Três são indiciados por fraudar CFO
Um dos acusados pediu exoneração do CFO e o outro faz o curso, mas responde por processo administrativo
Três pessoas foram indiciadas por fraudar a prova para ingresso no Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso. O inquérito policial conduzido pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) foi encaminhado a 6ª Vara do Fórum de Cuiabá, na última sexta-feira (30.08).
As investigações concluíram que Déberson Ferreira de Jesus substituiu o irmão Roberson Ferreira de Jesus e, num segundo certame, o amigo Roberto Leite Dias, nas provas realizadas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), nos anos de 2010 e 2011. Os três foram indiciados nos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso.
O inquérito policial conduzido pelo delegado Flávio Henrique Stringueta foi instaurado no dia 27 de abril de 2012, mediante documentação encaminhada pela Unemat, como cartões respostas e interpretação de texto das provas supostamente realizadas pelos candidatos Roberson e Roberto.
Perícia de comparação datiloscópica das digitais dos três investigados comprovou que Déberson esteve nos dois certames( 2010 e 2011), fazendo as provas no lugar dos candidatos Roberson e Roberto. Outra prova inquestionável foi adquirida por meio de exame grafotécnico, que verificou a caligrafia das provas encaminhadas pela Unemat. “Esse foi um pouco mais complicado de ser feto, pois os três se recusaram a fornecer material gráfico”, explicou delegado Flávio Stringueta.
De posse de documentos com a grafia original de Déberson, adquirido junto Universidade Federal de Mato Grosso, onde era funcionário, e provas originais dos dois alunos, que frequentavam regularmente o CFO, a perícia confirmou que as grafias existentes nas provas dos dois cadetes foram escritas por Deberson Ferreira de Jesus.
O delegado Flávio Stringueta disse que mesmo a defesa dos dois alunos colocando em dúvida todo o processo seletivo, chegando a pedir a anulação das provas, a investigação concluiu que os dois cadetes entraram pela “janela” e que “não tinham competência para passar pelas provas e conseguiram alguém que as fizesse em seus lugares. Essas provas foram feitas em anos diferentes, em certames diferentes, e mediante a utilização de uma mesma forma de agir”, destaca.
No curso da apuração criminal, a Polícia Militar de Mato Grosso abriu processo administrativo contra os alunos Roberson Ferreira de Jesus e Roberto Leite Dias. O cadete Roberson Ferreira ainda responde o procedimento na Academia da PM e Roberto pediu exoneração da corporação. Déberson Ferreira de Jesus, atualmente, reside em Florianópolis (SC).
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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