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Policia MT
Sexta - 31 de Dezembro de 2010 às 08:06
Por: Silvana Ribas

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Um atentado contra um policial militar, atingido por 2 tiros no rosto em Várzea Grande, pode confirmar a denúncia de uma guerra de uma facção de criminosos contra as ações da Polícia no município. Na mesma noite, um policial civil teve a casa invadida por ladrões que renderam a família e levaram o veículo, no bairro Nova Várzea Grande. A denúncia de que um grupo iria vingar a morte do assaltante Edinaldo dos Santos Guimarães, 24, morto durante uma perseguição policial na madrugada do dia 12 de dezembro, foi feita à Polícia Civil, no dia 14.

Na denúncia fica claro que o grupo ao qual Edinaldo pertencia garantiu que a morte dele será vingada, com ataques a policiais militares, principalmente os integrantes da Rotam. A denúncia indica que os criminosos teriam a sede na região do Cristo Rei, local onde Edinaldo fez vários disparos contra a PM em uma feira livre, causando pânico entre frequentadores e comerciantes. Ele havia roubado um veículo na área central do município e foi perseguido.

Ontem, o delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que recebeu cópia da denúncia anônima, acreditava que o atentado contra o policial militar Valdinei Rodrigues de Almeida, 30, seja a confirmação da ameaça feita ao disque-denúncia. Valdinei foi atingido por 2 tiros no rosto, por volta das 21 horas de quarta-feira (29), quando tocava violão em uma lanchonete, localizada na avenida Alzira Santana, na área central. Segundo testemunhas, os autores do crime seriam 2 homens em uma moto. Se aproximaram e mandaram que o policial se sentasse, fazendo os 2 disparos. Valdinei, que atua na Companhia da Polícia Militar do bairro Imperial, estava de folga. Depois de passar por cirurgia, a situação dele ontem era estável. Estava fora da UTI, mas corre risco de ficar com sequelas em um dos olhos.

O tenente-coronel José Robson Souza de Figueiredo, comandante do 4º Batalhão da PM, assegurou que o atentado contra o policial está diretamente ligado às ações de combate ao tráfico na região do bairro Mappim, onde Valdinei atua. "Já foi identificado o autor dos disparos, que teria dito que o militar estaria prejudicando o tráfico do grupo dele no bairro". Ontem, vários policiais realizavam diligências, inclusive em Cuiabá, para tentar localizar o autor dos disparos. Robson admite que já sabe da ameaça contra os PMs, no caso da morte de Edinaldo, e que o grupo está sendo investigado e monitorado. "Não vamos nos intimidar e todos que tentarem obstruir a ação da Polícia Militar contra o crime serão identificados e presos".





Fonte: A Gazeta

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