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Economia
Quinta - 30 de Dezembro de 2010 às 08:07
Por: Laís Costa Marques

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Entre as exigências está renda mensal familiar entre zero e 3 salários mínimos
Entre as exigências está renda mensal familiar entre zero e 3 salários mínimos

Mais 4,137 mil famílias com renda de zero a 3 salários mínimos serão contempladas pelo Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) em Mato Grosso e passarão a ter um lar. O convênio para a construção das unidades foi assinado pela Caixa Econômica Federal, governo do Estado e construtoras nesta quarta-feira (29) e as obras começam em janeiro de 2011. As casas serão erguidas em 6 municípios, Cuiabá (472), Várzea Grande (990), Rondonópolis (1,104 mil), Sinop (978), Sorriso (103) e Cáceres (490). Depois de 2 anos desde que o Programa foi implantado, 17 mil casas foram financiadas em Mato Grosso.

O investimento neste novo convênio é de R$ 162,076 milhões, sendo que o governo federal irá financiar R$ 157,213 milhões e o governo estadual R$ 4,862 milhões. Ao todo, o MCMV injetou R$ 1 bilhão na construção de 10,6 mil casas para população com renda de até 3 salários mínimos e mais 7 mil unidades para as com renda entre 3 e 10 salários. O número de unidades superou as expectativas de quando o programa foi lançado, em 2009, em que o objetivo era construir 13 mil residências no Estado.

De acordo com o superintendente da Caixa no Estado, Ivo Carlos Zecchin, Mato Grosso é destaque nacional entre as unidades da federação que mais conseguiram investir em habitação. "Superamos as expectativas e vamos contemplar mais famílias do que era previsto", afirma ao comentar que os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam déficit entre 80 mil e 90 mil casas e que a cota do MCMV reduziria 20% desse total.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Cezário Siqueira, diz que o MCMV foi uma importante ferramenta para o setor, evitando um colapso e fomentando a economia. "O programa foi criado para evitar que a crise financeira internacional atingisse o país, criando empregos e estimulando a construção civil. Passado este primeiro momento, ele tem hoje um importante papel social e de sustentação da indústria da construção".

O prefeito do município de Sorriso (420 km da Capital), Chicão Bedin (PMDB) destaca justamente o lado social do projeto. "A cidade ganha nos aspectos econômicos, mas o mais importante é que mais 103 famílias passarão a ter onde morar". A seleção das famílias é feita em Sorriso pelo Conselho Municipal de Habitação e segue os requisitos estipulados em todo o Estado, como renda familiar, presença de portador de necessidades especiais, número de integrantes, entre outros.

Com relação à seleção das construtoras, que neste novo convênio são 6, Ivo Carlos Zecchin diz que ele é feito por meio dos projetos apresentados, aspectos técnicos, de localização e o cronograma. O governador Silval Barbosa (PMDB) ressalta que o programa vem atender uma demanda constante e ainda fortalece a economia local dos municípios. "Com a construção das casas, toda a cidade se beneficia com a geração de empregos, aumento das vendas de materiais para construção e consequentemente do comércio", afirma ao relembrar que o governo reduziu a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos materiais para construção de 17% para 7%.

Cezário Siqueira explica que, diretamente, pode-se calcular um posto de trabalho por unidade construída.





Fonte: A Gazeta

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