A construção civil foi o setor da economia que mais se destacou na geração de empregos em 2010. Proporcionalmente, foi a área que mais cresceu, com 14,4% de aumento no número de postos de trabalho entre janeiro e novembro deste ano. Em 2009, a construção civil também tinha sido destaque, com crescimento de 10,9% no mesmo período, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Em números absolutos, contudo, os setores de serviços, comércio e indústria de transformação seguem a tradição de criarem o maior número de postos de trabalho no ano. De janeiro a novembro de 2010, os três setores foram responsáveis por pouco mais de 2 milhões dos 2,5 milhões de empregos gerados no ano.
O setor de serviços empregou, segundo dados do Caged, 939,4 mil trabalhadores até novembro. A indústria de transformação vem em segundo lugar, com 638 mil empregos gerados no período seguido do comércio com 505 mil postos de trabalho. A construção civil ficou em quarto lugar com 333 mil vagas criadas em 2010, sem contar ainda os números de dezembro que não foram fechados pelo ministério.
Para o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Estatística Socioeconômico (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, a geração de emprego com carteira assinada representa maior proteção social ao trabalhador. "Isso significa redução do desemprego por um lado e uma formalização da proteção social e da participação no sistema previdenciário por parte dos trabalhadores", disse.
Nos últimos oito anos foram criados cerca de 15 milhões de postos de trabalho, sendo que o número total de trabalhadores celetistas no Brasil é de mais de 35 milhões.
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