Pelo menos oito pessoas morreram nas últimas 48 horas em consequência das chuvas em Minas Gerais. Na tarde desta quarta-feira, foi encontrado em Jaboticatubas, na região metropolitana de Belo Horizonte, o corpo de Gilbert Magno Santos Maia, 39 anos. Ele havia desaparecido no início da manhã no córrego da Paciência, depois que foi arrastado pela forte correnteza quando atravessava a água. Com isso, sobe para 11 o total de mortos pela chuva desde novembro no Estado.
Testemunhas disseram à PM que chovia bastante e o riacho estava pelo menos 1,5 m acima do nível normal. Maia era vaqueiro e seguia para o trabalho em uma fazenda quando foi arrastado pela força das águas.
Mais quatro mortes foram registradas na terça-feira na região da Zona da Mata, nas cidades de Cataguases, Lajinha, Barbacena e Ponte Nova. Em Barbacena, Efigênia Rosália Antero, 80 anos, morreu soterrada pelos escombros de um muro de arrimo que caiu sobre sua casa, que fica abaixo do nível da rua.
Em Lajinha, a dona de casa Maria Rosângela do Carmo, 35 anos, e os filhos de 2 e 5 anos, morreram em uma casa soterrada por uma encosta. Em Ponte Nova, a vítima foi o aposentado Antônio Caetano da Silva, 73 anos, que teve seu quarto atingido por uma encosta enquanto dormia. Em Cataguases, Marisângela Alves da Silva, 31 anos, morreu soterrada depois de ter a casa atingida por um deslizamento de barranco.
Na noite de segunda-feira, o menino Fabrício Rocha do Amaral, 4 anos, morreu após ser soterrado por um barranco que caiu e destruiu três casas em Juiz de Fora, também na Zona da Mata. Ele chegou a ser resgatado com vida, mas morreu a caminho do hospital. Dois homens também se feriram.
Desde o início do período chuvoso, em novembro, 11 pessoas morreram no Estado, de acordo com o balanço da Defesa Civil estadual. Ainda segundo a Cedec, até agora 39 cidades decretaram situação de emergência devido aos estragos causados pelo excesso de chuva. Cerca de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas pelos temporais, destas, pelo menos 10 mil ficaram desalojadas e 1 mil desabrigadas. Mais de 3,3 mil casas foram danificadas ou destruídas totalmente.
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