Abicalil confirmado no 2º escalão do governo Dilma

A participação do presidente regional do PT, deputado federal Carlos Abicalil, na equipe de governo da presidente eleita Dilma Rousseff, do mesmo partido, foi confirmada. Também é dada como certa a posse dele na Secretaria de Relações Institucionais, pasta que será vinculada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). Na secretaria, Abicalil deve assumir a missão de articulador político que visa aproximar ainda mais o governo federal e o Congresso Nacional.

Se oficializado para a função, ele ocupará o segundo posto de maior expressão no MEC. As amarrações para confirmação do parlamentar contaram com apoio do governador Silval Barbosa (PMDB) e ainda do ex-governador e senador eleito, Blairo Maggi (PR). O chefe do Executivo estadual esteve em Brasília, no início desta semana, articulando a indicação.

No entanto, os entendimentos vêm sendo mantidos sob sigilo a pedido da presidência da República. A formação da equipe de Dilma, no âmbito dos ministérios, está em fase de finalização. A construção dos quadros de segundo escalão só será formatada no início de janeiro. Dessa forma, a posição de Abicalil na esfera federal só será anunciada no início de 2011 – para evitar atropelos nas definições. O perfil do dirigente partidário foi considerado ideal pela equipe de transição da presidente eleita.

Habilidoso em relação ao trato com a política, ele também é considerado um dos principais articuladores do meio. Nas eleições de 2010, o PT estadual fechou aliança com o projeto de reeleição de Silval. O presidente do PT disputou o Senado, mas não foi eleito. Desde então, deu-se início a busca pelos partidos aliados do governador para obtenção de espaços na equipe de Dilma.

Para o deputado estadual Ságuas Moraes, a possibilidade de Abicalil ocupar a pasta é interessante para Mato Grosso “porque caberá a ele tomar as decisões políticas”. Ele destacou ainda que o presidente do PT terá a tarefa de realizar ações no sentido de formar com maior estreitamento o elo entre os ministérios, além de perfazer trabalho para garantir um caminho mais harmonioso entre o MEC e o Congresso Nacional.