Quércia demonstrou desapego ao abrir mão de sua candidatura, diz Goldman
O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), compareceu nesta sexta-feira ao velório do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB), lamentou a morte do peemedebista e disse que ele demonstrou desapego ao abrir mão de sua candidatura ao Senado e declarar apoio ao tucano Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).
"Ele mostrou desapego, abrindo mão da candidatura para facilitar a eleição do Aloysio."
Goldman disse ainda ter acompanho desde o começo a trajetória do peemedebista, à época ainda MDB, e ter participado ativamente da campanha de Quércia ao Senado em 1974.
"Foi o primeiro passo para a derrocada da ditadura. Sinto imensamente a perda do Quércia, uma figura que marcou as últimas décadas da política em São Paulo."
O tucano destacou ainda que eles se afastaram em 1997, porque "tínhamos visões diferentes, mas não deixamos de ter uma relação afetuosa".
Quércia morreu às 7h40 desta sexta-feira, aos 72 anos, vítima de um câncer na próstata. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 18 de novembro.
O corpo chegou às 13h50 ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para ser velado no hall principal. A cerimônia é aberta ao público. O enterro está previsto para as 9h deste sábado, no Cemitério do Morumbi.
O caixão foi recebido por Luiz Antonio Marrey, atual secretário da Casa Civil, e coberto pela bandeira do Estado de São Paulo.
BIOGRAFIA
Ex-radialista, Quércia já foi vereador e prefeito de Campinas, senador, deputado estadual, vice-governador e governador de São Paulo de 1987 a 1991.
Ele foi um dos fundadores do PMDB e presidente do diretório paulista do partido.
Desde que saiu do governo, Quércia não venceu nenhuma eleição. Disputou a corrida presidencial em 1994, o governo estadual em 1998 e 2006 e o Senado em 2002.
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