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Nacional
Quinta - 23 de Dezembro de 2010 às 10:33

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O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Gelson Fochesato, afirmou na manhã desta quinta-feira que a greve dos funcionários do setor está suspensa até a primeira semana de janeiro, quando uma nova assembleia será realizada. Ainda não há uma data marcada para o início da paralisação.

"A greve estava programada para às 6h da manhã de hoje, ela iria acontecer. Porém, no final da noite, fomos informados de três ações judiciais, estabelecendo multa, contra a paralisação. Somando à crescente manifestação dos usuários, decidimos em assembleia não cancelar, mas suspender temporariamente a greve. Não vamos colocar data, mas no início de janeiro vamos retomar as negociações", afirmou Fochesato.

Os sindicatos Nacional de Aeronautas, dos Aeroviários no Estado de São Paulo e dos Aeroviários de Guarulhos (Grande São Paulo) realizaram assembleia com os trabalhadores, às 5h de hoje, e decidiram pela suspensão da greve. Segundo a Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil), as demais entidades sindicais também devem acatar a decisão.

Segundo o presidente, a Justiça Federal, o Ministério Público Federal em conjunto com o TST (Tribunal Superior do Trabalho) e uma associação de usuários dos transportes aéreos entraram com ações judiciais para evitar a greve. "Uma liminar estabelece multa de R$ 100 mil por dia, outra é de R$ 500 mil e uma ação, sem data fixada, estipula multa de R$ 3 milhões. O jurídico do sindicato vai analisar essas liminares [decisão provisória]", disse Fochesato.

A decisão do TST determina que 80% dos funcionários das companhias aéreas csejam mantidos em atividade entre hoje e o dia 2 de janeiro.

GREVE

Na última terça-feira (21), representantes dos aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (funcionários que trabalham em terra), das companhias aéreas e do Ministério Público do Trabalho se reuniram em Brasília para discutir reajuste salarial, mas não fecharam acordo. Com o fracasso da reunião, os trabalhadores anunciaram que entrariam em greve a partir de hoje.

As empresas oferecem reajuste de 6,5%, que representa apenas a inflação do período de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O patamar ainda é bastante abaixo do percentual que os funcionários reivindicam, de 13% a 30%, dependendo da faixa salarial.

As companhias também querem mudar a data de dissídio para abril.






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