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Nacional
Quarta - 22 de Dezembro de 2010 às 23:48

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Em carta endereçada nesta quarta-feira às companhias aéreas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o fracasso das negociações com os aeronautas e os aeroviários se deve, principalmente, à "postura dos representantes do sindicato patronal" e que, se fosse outra a postura tomada, "poderíamos, a essa altura, estar a assegurar aos brasileiros a tranquilidade em relação a suas viagens".

Antes de enviar a carta, Jobim ouviu dos representantes das empresas que seria aberta uma mesa de negociações no TST (Tribunal Superior do Trabalho) para dar uma solução à greve. Não apenas a promessa foi descumprida, como as empresas retornaram ao ministro pedindo "medidas necessárias" do governo para a "manutenção da ordem".

Jobim, que esteve pessoalmente com o presidente da TAM, Líbano Barroso, e falou por telefone com o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, não gostou nada da reação e jogou a culpa da greve para os empresários.

Apesar das conversas, o ministério não tem nenhum plano emergencial para evitar mais transtornos aos passageiros devido à ameaça de greve nesta quinta-feira (23), antevéspera de Natal.

Vai apenas intensificar o plano anunciado em novembro para as férias, que inclui proibição de venda de passagens em maior número que o de assentos, usar aeronaves reservas e ampliar os postos de check-in nos horários de pico.

GREVE

Com dissídio (negociação de reajuste salarial) marcado para dezembro, os sindicatos de aeroviários (trabalhadores em terra) e aeronautas (pilotos e comissários) ameaçam entrar em greve a partir desta quinta-feira. As companhias querem mudar a data de dissídio para abril.

As empresas ofereceram inicialmente um reajuste de 6,08% que representa apenas a inflação do período de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Após reunião ontem com o Ministério Público do Trabalho em Brasília, revisaram a proposta para 6,5%, mas não houve acordo.

O patamar ainda é bastante abaixo do percentual que os funcionários reivindicam, de 13% a 30%, dependendo da faixa salarial.






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