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Megainvestidor acusa Dilma de afastar investimento estrangeiro
O megainvestidor americano e mestre em Economia pela Oxford University, Jim Rogers, criticou a política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff que, em sua opinião, afasta investimentos de estrangeiros no País. A opinião foi dada neste sábado em palestra proferida no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais promovido pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neste sábado em Campos do Jordão (SP).
O investidor afirmou que o governo começou a mostrar a política de afastar os parceiros internacionais quando colocou restrições aos produtos vindos da China e de outros países asiáticos. Outra questão preocupante para os estrangeiros é a instabilidade do câmbio. "O governo dessa senhora tem tomados rumos ruins quando coloca tarifas protecionistas e por isso meu único investimento aqui é açúcar (commodities) e estou avaliando a possibilidade de investir em café", disse. Para o investidor, a China já é um grande parceiro do Brasil e o País não deveria "brincar" com essa aliança.
Conforme Rogers, a solução para a economia brasileira seria o menor controle econômico, política totalmente diferente do caráter intervencionista atual. "O governo precisa remover todos os controles da moeda, parar de limitar a alta do dólar, retirar todos os subsídios, enfim, abrir a economia e parar com as políticas restritivas."
Autor de livros de sucesso sobre investimento nos Estados Unidos, Rogers diz acreditar que a China é a nova grande potência mundial e que o dólar não sobreviverá por muito tempo: "é possível que dure apenas mais duas recessões". Ele calcula que cada nova recessão deva ocorrer entre quatro ou seis anos. Segundo o economista de 70 anos, que fez fortuna na década de 60 e se aposentou aos 37 anos, o futuro mundial está nos países asiáticos. Após dar duas voltas ao mundo, ele decidiu em 2007 se mudar para Cingapura, para que sua filha de 8 anos pudesse aprender mandarim e, assim, estar mais preparada para a competição no futuro.
"O mundo está saindo dos EUA e indo para a China, é lá que está o futuro. O dólar está com problemas e o mundo escolherá outras moedas", disse. Pessimista sobre o futuro mundial, Rogers airmou que essa crise ainda deve durar de dois a três anos e ainda vai piorar antes de melhorar.
Sobre a possibilidade de melhora na economia americana, ele afirmou que os Estados Unidos são o "ponto maior de detonação em todo o mundo" e que se o país entrasse em uma guerra (o presidente Barack Obama anunciou nesta sábado a intenção de intervir na Síria) a situação seria ainda pior. Sobre novos investimentos, Rogers afirmou que, além da Ásia, na América Latina existem boas possibilidades. A Colômbia "está fazendo a coisa certa" após anos de guerra civil; a Venezuela deve apresentar mudanças interessantes com o novo governo; e Peru, Chile e Equador são interessantes para novos investimentos.
A jornalista viajou a convite da Bovespa
Fonte:
Terra
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