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Policia MT
Terça - 21 de Dezembro de 2010 às 07:47
Por: Adilson Rosa

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Corpo foi localizado na entrada do Centro de Eventos. Veículo estava a 300m; hipótese de tortura é descartada
Corpo foi localizado na entrada do Centro de Eventos. Veículo estava a 300m; hipótese de tortura é descartada

As investigações do assassinato do empresário Etair Luis Perotto, de 51 anos, proprietário da floricultura Arte e Rosas e executado com um tiro na cabeça no sábado de manhã, apontam para um crime envolvendo agiotagem. Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acreditam que a forma como a vítima foi executada demonstra uma espécie de pressão por parte de cobradores.

Desde que estava em liberdade, após tentar matar um funcionário a tiros, a vítima não saía mais sozinha, pois estava sendo ameaçada.

A família, no entanto disse desconhecer qualquer dívida da empresa ligada a agiotas. O empresário, porém tinha uma dívida de cerca de R$ 100 mil para receber. “Mas, nesse caso, não tem nem lógica, quem deve estar pressionando é quem tem para receber”, observou um policial.

Na sexta-feira, por volta das 15 horas, Etair saiu sozinho para “fazer compras no comércio” em seu Fiesta vermelho e não foi mais visto. Passada meia hora, a esposa dele ligou para o setor de desaparecidos da DHPP informando o seu sumiço, conforme havia sido orientada a fazer diante de qualquer situação atípica. Os policiais estiveram no local onde Etair deveria fazer as compras, mas descobriram que ele não apareceu por lá.

O corpo do empresário foi localizado no sábado de manhã e o laudo de necropsia indiciou que ele teria sido assassinado após as 16 horas de sexta-feira. O automóvel foi localizado num estacionamento em frente a uma galeria de artes, a cerca de 300 metros da entrada do Centro de Eventos Pantanal, onde o cadáver foi localizado.

Como estava com documentos, celular e as chaves do automóvel, os bandidos teriam duas intenções - que ele fosse identificado logo e para evitar a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). “Trata-se de um acerto de contas mesmo”, explicou um policial.

O empresário saiu recentemente da prisão. Ele foi preso no dia 5 de novembro, após tentar matar com dois tiros um funcionário da floricultura, o decorador Ronilson Marques de Queiroz, o “Roni”, de 27. O rapaz, que foi baleado no tórax e no braço, foi submetido a uma intervenção cirúrgica e já recebeu alta médica. Há algumas semanas, mudou-se para uma cidade do interior do Estado.

Após o atentado, Roni foi para Mirassol D’Oeste, mas esteve em Cuiabá na sexta-feira para continuar o tratamento médico. Etair pediu-lhe desculpas e Roni as teria aceitado. O delegado Márcio Pieroni, que investiga o assassinato, deverá ouvir o depoimento dele nos próximos dias.






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