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Copa 2014
Domingo - 01 de Setembro de 2013 às 19:55

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As cidades-sedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014 terão que contar com um esquema no qual as seguranças pública e privada estejam integradas. Dentro deste modelo de integração, a vigilância privada, os chamados Stwards, fica responsável pela segurança interna do estádio e a Polícia Militar (PM) pela área externa. Tudo sob o controle de um comando geral de segurança pública. 


 
Em Cuiabá, 85 profissionais da segurança privada participam do primeiro curso de antiterrorismo, realizado pela Abrapam, empresa com sede no Rio de Janeiro e que possui a primeira escola de abrangência nacional de capacitação especializada no segmento de shopping centers e locais de grande concentração de pessoas, que podem ser escolhidos para atos terroristas. 


 
"A ideia é instrumentalizar as pessoas para uma realidade no âmbito de segurança, que elas normalmente desconhecem e que geralmente o brasileiro não se previne", disse o diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança (ABSEG) e da Abrapam, Vinícius Cavalcante. 


 
Segundo ele, engana-se quem pensa que no Brasil não há terrorismo. "Tem um terrorismo doméstico perpetuado pelo narcotráfico, que utiliza modus operandi de terroristas internacionais", afiançou, citando outros exemplos como a ação de criminosos ateando fogo em veículos em São Paulo. O curso acontece na Academia de Formação de Vigilantes Tiradentes. 


 
Diretora da Academia, Claudineia Antunes lembra que na Copa das Confederações uma empresa de segurança privada foi responsável pela segurança interna dos estádios, onde aconteceram os jogos. "O objetivo é preparar e capacitar esses profissionais para proceder diante de uma situação de crise. Ao se deparar com objeto estranho, saber identificar e verificar se é ou não um explosivo e assim, acionar a Força Militar, como o Bope (Batalhão de Operações Especiais)", explicou. 


 
Outras frentes abordadas são proteção de instalações sensíveis, procedimentos preventivos, perfil psicológico, gerenciamento de crises, além do contato com exercícios práticos, técnicas de retenção de armas curtas, defesa das armas brancas, imobilizações e controle das articulações. 


 
No Estado, atuam cerca de 20 empresas de segurança privada. Em funcionamento desde 2008, a Academia Tiradentes já formou mais de 4 mil vigilantes, que precisam ser devidamente cadastrados na Polícia Federal. Segundo Claudineia Antunes, a PF exige este tipo de curso para atuação em locais com mais de três mil pessoas. "O vigilante tem que ter este curso de extensão para grandes eventos", frisou. (JD) 





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