Itacir Luís Perotto, de 51 anos, era dono da floricultura Arte e Rosas em Cuiabá
Polícia já tem relação de suspeitos de matar empresário
A Polícia Civil já trabalha com uma relação de suspeitos de terem executado o empresário Itacir Luís Perotto, de 51 anos, dono da Floricultura Arte e Rosas, no último sábado (18), em Cuiabá. Segundo informações, todos os que tiveram participação em um seqüestro recente contra o empresário, e o ex-funcionário Ronilson Marques de Queiroz, 27, que levou um tiro de Perotto dentro da Floricultura, em novembro passado, deverão prestar depoimento e podem ser considerados suspeitos.
"Todos esses podem estar envolvidos na morte. As investigações estão no início, com isso, é muito cedo para poder acusar alguém. Durante a semana, eles prestarão depoimento na Polícia Civil, junto com a família de Perotto, e todos os seus funcionários", afirmou uma fonte da Polícia Civil.
A previsão da polícia é que as investigações sejam concluídas no próximo mês de janeiro. "Vamos fazer todos os procedimentos nas investigações para que este caso não caia no esquecimento", afirmou.
Segundo informações da Polícia Civil, a partir de hoje o delegado responsável pelo caso, Antonio Esperândio, irá estabelecer uma linha de investigação. A polícia aguarda pelo resultado da pericia técnica feita no local onde foi encontrado o corpo e no veículo da vítima. A previsão é que, a partir desta terça-feira (21), comecem os depoimentos.
Entenda o caso
O empresário foi encontrado morto num matagal nas proximidades do Centro de Eventos do Pantanal. Ele foi executado com um tiro na cabeça. Ainda segundo a polícia, o empresário estava desaparecido desde às 16 horas desta sexta-feira (17).
Segundo apurado, o empresário levou um tiro na cabeça, no lado esquerdo. Ele, provavelmente, foi morto em outro local e "desovado" no matagal ontem à noite ou nessa madrugada.
O veículo do empresário foi encontrado no final da tarde de sábado. O veículo Corsa, de cor vermelha, estava estacionado próximo a uma galeria, na Avenida Miguel Sutil, a cerca de 300 metros do local onde o corpo foi "desovado".
Funcionário e seqüestro
Luis Perotto é o empresário que atirou contra seu funcionário Ronilson Marques de Queiroz, 27, dentro da própria empresa, em novembro passado. O funcionário foi atingido no braço e peito, porém sem gravidade.
Naquela ocasião, os investigadores apreenderam o revólver calibre 38, usado para os disparos e que foi escondido dentro da loja por outro funcionário, a pedido do empresário. Itacir foi conduzido à Central de Flagrantes, preso e indiciado por tentativa de homicídio. Depois, foi recambiado para o Anexo da Penitenciária de Pascoal Ramos e foi liberado no dia 12 de novembro.
Segundo o delegado Cristian Cabral, que investigou o tiro que o empresário deu em seu funcionário, em depoimento, Perotto afirmou ter sido vítima de um seqüestro que ocorreu no feriado do dia 2 de novembro, e, no momento, da discussão ele desconfiava do seu funcionário, Ronilson Marques de Queiroz.
"Segundo o empresário, Ronilson fazia pouco caso quando ele falava no assunto ou tentava investigar quem passou as informações de que os seqüestradores sabiam sobre o empresário e sua família. Então, nesse dia, os dois começaram uma discussão, que fez com que Perotto pegasse a sua arma no carro e atirasse em Ronilson", afirmou o delegado, com base no depoimento de Perotto.
Após intenso bate-boca entre o patrão e o funcionário no interior da floricultura, na Avenida Isaac Póvoas, Etácio Perotto foi até o seu carro e pegou um revólver calibre 38. Ao retornar à loja, ele disparou contra o decorador Ronilson Queiroz à queima-roupa.
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