Resultado do emprego é "inusitado" e "extraordinário", diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta segunda-feira o desempenho do emprego no país divulgado na última semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pelo Ministério do Trabalho. Para Lula, o dado do emprego formal é "inusitado" e "extraordinário".
O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), fornecido pelo Ministério do Trabalho, mostrou que a economia gerou 138.247 postos de trabalho formais em novembro. Foi o segundo melhor para o mês da série, iniciada em 1992. Números do IBGE atestaram que o desemprego brasileiro caiu para 5,7% em novembro, ante 6,1% em outubro --o menor nível em oito anos.
"Eu fui dirigente sindical muito tempo, eu briguei muito tempo contra o desemprego, eu vi empresas mandarem embora, numa única vez, 15 mil trabalhadores. Quando eu vejo, no Brasil, o IBGE divulgar que o desemprego está 5,7% e, em algumas capitais como Porto Alegre, está 3,7%, significa que nós estamos nos padrões de pleno emprego, que era considerado para os países europeus e para os Estados Unidos. Isso é uma coisa extraordinária", afirmou, no programa de rádio semanal "Café com o Presidente".
"Vamos terminar o ano com praticamente com 2,6 milhões de empregos novos criados em apenas onze meses, o que é um dado inusitado, extraordinário para o povo brasileiro."
De acordo com Lula, que está nos últimos dias de seu mandato, a tendência é de melhora no desempenho sobre emprego no próximo ano por conta das obras previstas na segunda versão dos programas PAC e Minha Casa, Minha Vida, entre outros.
NATAL
No programa, o presidente o presidente recomendou que os brasileiros tenham "senso de responsabilidade" nas compras de fim de ano: "Que as pessoas aproveitem e comprem o que quiserem comprar, mas com muita responsabilidade para não se endividarem, porque o mês de janeiro é sempre muito pesado."
"Não vamos passar 2011 apertado, apenas pagando o que a gente gastou em 2010. Vamos gastar o suficiente para não atropelar a esperança e o futuro de todos nós", alertou, ao desejar um Natal em harmonia com a família.
O presidente voltou a defender a importância do Mercosul como meio para que países pequenos negociem com grandes blocos, como a União Europeia, e em organismos multilaterais, como a OMC (Organização Mundial de Comércio). Lula participou, na sexta-feira, da 40ª reunião de cúpula do Mercosul.
"É a partir do Mercosul que nós temos que fortalecer o nosso acordo com a União Europeia, é a partir do Mercosul que nós temos que fortalecer o acordo com os Estados Unidos, é a partir do Mercosul que nós temos que concluir a Rodada de Doha, brigando fortemente na OMC [Organização Mundial do Comércio]", disse o presidente, afirmando ter certeza de que "[a presidente eleita] Dilma vai brigar muito".
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