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Sábado - 18 de Dezembro de 2010 às 08:21
Por: Joanice de Deus

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Em média 700 toneladas de resíduos da construção civil são produzidas diariamente em Cuiabá. Porém, um levantamento feito pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades) mostra que apenas 15% das grandes empresas geradoras destinam corretamente o entulho.

De acordo com o secretário Lécio Victor Monteiro da Silva Costa, que assumiu a Smades há um mês, dos 40 grandes geradores apenas seis dão a destinação correta. Já os chamados transportadores, apenas sete dos 30 são cadastrados pela prefeitura. “Muito pouco deste resíduo é levado para a Eco Ambiental, que fica na saída para Chapada dos Guimarães. A Eco venceu licitação e tem licença da Sema para o recebimento deste tipo de resíduo”, disse.

Desde o início do ano, todo material de origem de construções deve ser encaminhado para a Eco para triagem e, posterior reciclagem ou descarte. “A empresa ainda não atingiu 10% da sua capacidade de acolhimento de resíduos”, observou Lécio Costa.

Isso significar dizer que os restos da construção civil estão sendo jogados irregularmente por todos os cantos da cidade, em terrenos baldios ou às margens de córregos. “Temos muito ainda que avançar, nosso objetivo é encontrar soluções ambientalmente favoráveis para a redução dos impactos (efeitos) ambientais gerados pelo lançamento em locais inadequados de resíduos da construção”.

A preocupação é maior ainda porque a Capital em breve se tornará num verdadeiro canteiro de obras para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. “Hoje, já são milhares de construções na cidade, inclusive pequenas obras. Vamos intensificar o trabalho de conscientização e fiscalização”, reforçou.

Para isso, uma das ações a ser feita é a conscientização dos empresários do setor. “Estamos buscando contato com as grandes empresas geradoras e fazendo um plano de ação que inclui outras secretarias como a SMTU (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos), para atuar na fiscalização do transporte do resíduo”, informou.

Além disso, Lécio Costa garante que a Secretaria de Meio Ambiente vai intensificar a fiscalização nos canteiros de obras para verificar se o acondicionamento dos resíduos gerados, como restos de tijolos, blocos cerâmicos, resinas e madeiras vem sendo feito de forma adequada, conforme a Lei Municipal número 4.949/2007.






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