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Internacional
Sexta - 17 de Dezembro de 2010 às 14:17

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, durante a plenária da 40ª Cúpula do Mercosul, que o bloco regional contrasta com a "paralisia" e a "estagnação" das economias centrais do mundo.

Segundo Lula, que criticou o modelo econômico dos países desenvolvidos, a América do Sul atingiu a integração após "séculos de tirania colonial e pós-colonial".

Durante a reunião de chefes de Estado, realizada em Foz do Iguaçu (PR), o presidente disse ainda que o bloco sul-americano respondeu aos "paradigmas neoliberais" com uma integração de caráter social.

O presidente afirmou também que existe um "gritante contraste" entre o Mercosul e a Rodada de Doha, em 2008, que foi, segundo Lula, "mergulhada em desalento".

Sobre sua saída da Presidência, Lula disse que nenhuma alegria no relacionamento com chefes de Estado foi maior do que a proporcionada por seus colegas do Mercosul. "Saio com a certeza de que valeu a pena o trabalho que junto realizamos."

E acrescentou: "Deixo a Presidência para minha companheira Dilma Rousseff, seguro de que ela viverá no Mercosul um momento privilegiado de nossa integração".

CHEFES DE ESTADO

A cúpula de Foz do Iguaçu é o último evento internacional de Lula antes de passar a Presidência a Dilma, em 1º de janeiro.

Além de Lula, participam do encontro os chefes de Estado dos demais membros plenos do Mercosul --os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Uruguai, José Mujica, e do Paraguai, Fernando Lugo.

Também estão presentes os presidentes da Bolívia, Evo Morales, do Chile, Sebastián Piñera, da Guiana, Bharrat Jagdeo, e do Suriname, Dési Bouterse, além do ministro de Relações Exteriores da Austrália e ex-primeiro-ministro do país, Kevin Rudd, e os chanceleres de Turquia, Nova Zelândia, Síria e da Autoridade Nacional Palestina, entre outros altos representantes.

Em seu discurso, Lugo felicitou Lula. "Estou certo de que não vamos sentir sua falta, pois [Lula] vai continuar lutando pelos ideais que o levaram a ser o homem que é hoje", disse o presidente paraguaio, que também prometeu a Dilma "colaboração e solidariedade."

Já Evo Morales defendeu as plantações da folha de coca --responsável por boa parte da economia da Bolívia-- e fez uma crítica indireta às limitações legais da exploração da planta em outros países do bloco, como em algumas regiões da Argentina, além de atacar a postura dos Estados Unidos quanto à questão.






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