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Nacional
Domingo - 01 de Setembro de 2013 às 08:59

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A Casa Civil da Presidência divulgou nota na tarde de ontem sobre a prisão do ex-assessor da pasta Eduardo André Gaievski, acusado de estupro de vulnerável. Foragido há uma semana, ele foi encontrado no início da manhã em Foz do Iguaçu, a 636 quilômetros de Curitiba (PR). A Casa Civil informou que, assim que foi informada da prisão preventiva e das acusações contra Gaievski, no dia 23 de agosto, “afastou-o imediatamente de suas funções”.



 
No comunicado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que lamentava “profundamente” a situação. “Tenho uma história de vida, não só política, em defesa da mulher e seus direitos, mas também de crianças e adolescentes. As acusações imputadas a Eduardo Gaievski são da mais alta gravidade e têm que ser apuradas levando-se às últimas consequências. Jamais compactuei ou compactuarei com crimes, ignorando-os ou acobertando-os”, afirmou a ministra, segundo a nota.



 
Conforme a Casa Civil, o ex-prefeito de Realeza (PR) foi contratado para trabalhar no dia 23 de janeiro “para acompanhar e monitorar alguns programas do governo federal executados em parceria com municípios”. “A contratação considerou a avaliação dele à frente da prefeitura de Realeza. Foi reeleito por 87% da população e teve aprovação elevada na política de saúde”, informou a pasta.


 
“Para a contratação, foram realizadas todas as pesquisas que se faz para ocupação de cargo de confiança na administração pública federal. Em nenhum momento, durante o processo de contratação, foi encontrada qualquer indicação sobre as acusações que hoje surgem contra Eduardo Gaievski e que levaram à sua prisão na manhã deste sábado”, disse a Casa Civil na nota.


 
Gaievski é acusado de manter relações sexuais com jovens enquanto era prefeito da cidade de Realeza, no sudeste do Paraná, entre 2005 e 2012. O ex-assessor foi preso no apartamento de parentes em Foz do Iguaçu. Segundo a polícia, ele se preparava para deixar o País e pretendia se esconder em uma propriedade que um tio dele possui no Paraguai. Ao chegar na delegacia escoltado por policiais e sem algemas, Gaievski negou as acusações e afirmou que não estava no Paraguai.


 
Como o processo corre em segredo de Justiça por envolver adolescentes, a polícia informou que não pode dar mais detalhes dos supostos crimes. O mandado de prisão foi expedido no dia 23, mas Gaievski é investigado há cerca de três anos.


 
Eduardo André Gaievski ocupou a prefeitura de Realeza por dois mandatos consecutivos, entre 2005 e 2012, eleito pelo PT. Dezoito dias após deixar a prefeitura, ele foi nomeado como assessor especial da Casa Civil.


 
Desde 2010, Gaievski era monitorado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por denúncias de exploração sexual de menores. Gravações interceptadas pelo Gaeco revelaram conversas em que o ex-prefeito marcava encontros com garotas menores de 14 anos, oferecendo dinheiro. Para adolescentes entre 14 a 18 anos, o ex-assessor ofertava empregos a elas ou a familiares na prefeitura da cidade. Na sexta-feira da semana passada, a Justiça do Paraná emitiu um mandado de prisão preventiva contra ele sob a acusação de estupro de vulnerável. Desde então, ele está foragido.


 
No sábado, Gaievski foi afastado do cargo que ocupava na Casa Civil. No Paraná, ele era apontado como um dos principais nomes do PT e estava cotado para ser candidato a deputado estadual nas eleições de 2014, além de atuar como um dos coordenadores da suposta candidatura da ministra Gleisi Hoffmann ao governo do Estado.


 
Na última segunda-feira, a executiva estadual do PT determinou a suspensão de Gaievski "para que sejam devidamente esclarecidas as circunstâncias e veracidade das acusações contra o ex-prefeito".




Fonte: Terra

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