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Quinta - 16 de Dezembro de 2010 às 12:25
Por: Marcos Coutinho/Pollyana Araúj

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai investigar o pagamento de comissão ou de propina feita por uma empresa revendedora de veículos Toyota, de Cuiabá, do Grupo Canopus, para um engenheiro florestal e agricultor, no valor de R$ 83 mil, que teria sido pago na aquisição de 30 veículos corollas para os desembargadores.

É mais um caso cercado de suspense e mistério. Em depoimento prestado à Corregedoria do Tribunal de Justiça, Altair Barrueco, gerente da Disveco - Via Láctea, empresa do Grupo Canopus, sustenta que a empresa "entregou" os R$ 83 mil ao engenheiro florestal Niltom Militão da Rocha, a título de devolução de adiantamento.

Detalhe intrigante: Nilton Militão é amigo, ex-concunhado e padrinho do filho do advogado Marcos Souza Barros, irmão do juiz Marcelo Souza Barros, que era auxiliar do ex-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Ferreira Leite.

Tanto Marcelo Barros quanto Ferreira Leite chegaram a ser aposentados compulsoriamente pelo CNJ por conta de desvios de recursos do Departamento de Pagamento a Magistrados para socorrer um grupo de maçons que foi lesado pela quebra do banco Sicoob - Cooperativa de Crédito do Pantanal.

Militão, em depoimento ao então corregedor do TJ, desembargador Orlando Perri, nega ter recebido qualquer quantia da Disveco - Via Láctea a qualquer título. Negou ainda ter feito qualquer adiantamento ao grupo Canopus, embora tenha adquirido uma caminhonete Hilux. Segundo o engenheiro, o veículo foi adquirido integralmente comum financiamento do Banco Toyota, que foi quitado em 36 parcelas de R$ 1,5 mil.

Aqui reside um contradição e alguém está mentindo e/ou teve o nome usado indevidamente para recebimento dos R$ 83 mil. O cheque da Disveco Ltda. número 004228 é nominal a Nilton Militão.

Mais informações em instantes






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