Acusado "escolhia" mulheres na área central e na região onde morava
Maníaco de 17 anos é preso em Cuiabá
Um adolescente de 17 anos foi identificado por 3 mulheres vítimas de roubo e estupro, ocorridos a partir do mês de outubro na área central de Cuiabá e na região dos bairros Jardim Ubirajara e Florianópolis, onde o acusado reside. Seis vítimas procuraram a Polícia para registrar queixas de estupro e tentativa de estupro, mas o número de mulheres atacadas pelo tarado pode ser maior, acredita a delegada Alessandra Saturnino, da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, que passou a atuar nas investigações em apoio à Delegacia de Defesa da Mulher de Cuiabá.
O alvo do criminoso era mulheres jovens e os ataques aconteciam preferencialmente durante o dia, em horários de movimento nas vias, inclusive no almoço. As vítimas eram rendidas quando se deslocavam até o veículo ou transitavam pelos locais. Usando uma arma de fogo ele rendida as mulheres e obrigava elas a seguirem para terrenos baldios ou casas abandonadas, na área central. Na rodovia Emanuel Pinheiro, na saída para Chapada dos Guimarães, as vítimas eram arrastadas para o matagal, onde eram abusadas e roubadas.
O primeiro ataque denunciado foi no dia 13 de outubro e outros 5 registros foram feitos em um intervalo de pouco mais de 1 mês, explica a delegada. Durante as investigações, a Polícia chegou ao acusado, que havia sido preso no final do mês de novembro, por envolvimento em um roubo. Um dos dados importantes é que a partir da prisão do suspeito não foram registrados novos ataques. As 3 vítimas que reconheceram o acusado através de fotos não tiveram dúvidas.
A Polícia aguarda agora outras vítimas que também foram atacadas no período e registraram as ocorrências bem como aquelas que não procuraram a delegacia. O estuprador é descrito como um homem magro, de cor parda, cabelos escuros e encaracolados. Em todos os ataques roubou dinheiro ou objetos das vítimas. Em um dos casos eram 2 mulheres que foram escolhidas como alvos, quando o ladrão atuou em companhia de outros 2 homens, que estão sendo investigados.
A Polícia chegou ao acusado com base na descrição física oferecida pelas vítimas e pelo modo de agir, que em todos os casos era praticamente o mesmo. A investigação deste tipo de crime é difícil, já que as vítimas ficam traumatizadas e normalmente demoram para conseguir lembrar dos detalhes sobre o criminoso, assegura a delegada. A Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) vai ser responsável pelos inquéritos.
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