Escolha seria para abrir vaga ao suplente Nininho (PR), afilhado político do diretor do DNIT, Luiz Pagot
Cotado para a Cultura, Malheiros é alvo de denúncias
Com grandes possibilidades de assumir o comando da Secretaria de Estado de Cultura, na nova gestão do governador Silval Barbosa (PMDB), o deputado estadual João Malheiros (PR) já foi alvo de várias denúncias. Principalmente quando esteve na presidência da Câmara de Vereadores de Cuiabá, nos anos de 2001/2002, antes de se eleger para a a Assembleia Legslativa.
O deputado é tido como um dos favoristos para ocupar a pasta, uma vez que favoreceria aos interesses políticos republicanos, em especial, do diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, que busca a abertura de uma vaga na Assembléia Legislativa para acomodar seu aliado, o primeiro suplente e ex-prefeito de Itiquira, Ondanir Bortolini, o Nininho (PR).
João Malheiros, em 2007, foi acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de fraudar licenças médicas para viabilizar um esquema de rodízio na Câmara de Vereadores.
A denúncia aponta que era aberta a vaga para o suplente imediato e o parlamentar continuava recebendo os salários. Ao todo, 11 vereadores daquela legislatura foram denunciados, inclusive, Malheiros, por improbidade administrativa.
Ainda na condição de vereador, Malheiros foi denunciado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral ao Ministério Público Eleitoral (MPE) por supostos desvios de recursos da Câmara de Cuiabá, no período em que foi presidente. O caso está sendo investigado pela Delegacia Fazendária. Os valores do suposto desvio não foram identificados, até o momento.
Funcionário fantasma
João Malheiros se viu envolvido em outro escândalo, em fevereiro de 2008, quando veio à tona uma suposta contratação "fantasma" do pescador e ribeirinho Júlio Leite de Lima, morador de Várzea Grande, no gabinete do então vereador e presidente da Câmara.
O caso foi descoberto quando o ribeirinho foi buscar o seguro-desemprego, devido ao período da Piracema, e teve o pedido negado, ao ser informado que já foi chefe de gabinete do ex-vereador João Malheiros.
Na época, ele também descobriu de que era "dono" da empresa Rindecom Ltda. O ribeirinho foi chacareiro de Gonçalo Xavier Botelho Filho, ex-assessor de Malheiros.
Tráfico de influência
Outra denúncia contra Malheiros diz respeito a suposto tráfico de influência, exercido juntamente com seu parente, o vereador Clovito Hugueney (PTB), para beneficiar a empresa Alba Lavanderia, de sua família.
Eles teriam pressionado a direção da Vigilância Sanitária para obter licença para que a empresa participasse de licitações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O caso foi denunciado pelo MPE, em 2005.
Na época, entre dezembro de 2003 e janeiro de 2004, segundo a acusação, a Alba Lavanderia foi notificada por lavar roupas hospitalares juntamente com roupas domésticas. Mesmo assim, Malheiros e Clovito, supostamente por utilizar de lobby, conseguiram fazer com a que a empresa tivesse condições de participar da licitação para prestação de serviços de gerenciamento e lavagem de roupas das policlínicas e do Pronto-Socorro Municipal.
Multa
Malheiros, quando atuou como secretário-chefe da Casa Civil, na primeira gestão do ex-governador Blairo Maggi (PR), foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), em agosto de 2008, a devolver R$ 3.400,00, por fazer o pagamento irregular de diárias. Ele fez a devolução e o TCE lhe deu quitação.
Comentários