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Economia
Domingo - 12 de Dezembro de 2010 às 19:59

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Os carros "populares" estão mais baratos que há dois anos, antes da redução temporária do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) concedida pelo governo na crise, aponta um levantamento feito pela Folha.

A comparação dos preços em revendas de São Paulo desconsidera a inflação acumulada no período (10,9%).

Ainda assim, há modelos que caíram até 7%, caso do Fiat Siena Fire. O sedã sai por R$ 2.000 a menos do que em dezembro de 2008 (veja no quadro ao lado).

"A maior competitividade entre os fabricantes, a melhora do processo fabril e o aumento da escala de produção empurram os preços para baixo", explica Marcos de Oliveira, presidente da Ford.

As medidas econômicas anunciadas pelo Banco Central, no entanto, tendem a anular essa queda de preço, caso a compra seja financiada em longos prazos. Isso porque o crédito está mais restrito, e os juros, maiores.

Segundo Marcos Ferreira, gerente de marketing de produtos do banco Volkswagen, as parcelas devem ficar de 10% a 12% mais caras nas operações sem entrada.

Para Oliveira, o governo teme um aumento do endividamento do consumidor e quer evitar uma bolha.

Descuidos como esses culminaram na crise americana iniciada no fim de 2008, afetando a economia mundial.

PREVISÕES

Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea (associação dos fabricantes de automóveis), ainda é cedo para medir o impacto das mudanças econômicas.

"A medida será transitória, para equilíbrio do ajuste da inflação. Não deve impactar as vendas a longo prazo."

A Anfavea projeta crescimento de 5,2% na venda de automóveis para 2011, a metade do índice deste ano, caso as vendas atinjam o recorde previsto (3,45 milhões).

Já o setor de motocicletas deve ser mais afetado pela restrição ao crédito, afirma Jaime Matsui, presidente da Abraciclo (associação dos fabricantes de motocicletas).

"Haverá impacto nas vendas, como ocorreu durante a crise. O cliente deve recorrer ao consórcio, com taxas de juros menores", aponta Matsui, que prevê venda de 1,8 milhão de motos em 2010 e mais 2 milhões no próximo ano, um pouco abaixo do patamar de 2008.






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