Surto de poliomielite mata cerca de 200 pessoas no Congo
Um raro e incomum surto de poliomielite na República do Congo (Congo) causou mais de 200 mortes no centro da África, informou a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) nesta sexta-feira.
A doença, em geral, ataca crianças abaixo de cinco anos, mas muitos dos contaminados têm sido jovens do sexo masculino entre 15 e 24 anos, disse o porta-voz da agência no oeste da África, Martin Dawes.
"A poliomielite é um vírus absolutamente eficiente em se deslocar, o que afeta a muitas pessoas se as taxas de imunização não forem boas", explica Dawes. " O fato de termos esse vírus significa um hiato nas taxas de imunização no passado".
O Congo, uma minúscula nação em geral encoberta por seu vizinho muito maior, a República Democrática do Congo (RDC), foi assolada por uma série de guerras civis nos anos 90.
Até 10% das pessoas paralisadas pela poliomielite podem morrer quando os músculos do sistema respiratório param de trabalhar. No Congo, 42% dos casos têm sido fatais.
A maioria das infecções ocorreu na região costeira de Pointe Noire, rica em petróleo.
A Organização Mundial de Saúde, a Unicef e o Rotary International dizem que começaram a vacinar aproximadamente 3 milhões de pessoas no país, no vizinho RDC e em Angola, no mês passado. Grupos humanitários realizaram imunizações de emergência nas regiões mais afetadas do Congo e continuarão com a distribuição até o final do ano.
Não há cura para o pólio, e a doença só pode ser impedida pela vacina. A doença é transmitida pelas fezes humanas, em geral por meio de água contaminada.
O vírus foi eliminado em países industrializados, mas persiste em algumas partes da África.
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