Justiça nega liberdade para filho de delegado
O jovem Guilherme Ferreira Costa, 23, teve o pedido de liberdade negado pela 9ª Vara Especializada de Delito Tóxico. Ele está preso desde o dia 14 de outubro pelo crime de tráfico de drogas, após ser flagrado com uma cartela de LSD e ecstasy. No pedido, a defesa alegou que o jovem, filho de um delegado da Polícia Judiciária Civil, universitário e estagiário em um escritório de advocacia, possui um passado criminal imaculado. Por este motivo, teria direito à liberdade provisória.
Porém, a juíza Maria Cristina de Oliveira Simões relatou na decisão que "os motivos elencados em seu favor, por si sós, não têm o condão de garantir-lhe a soltura, quando de outro lado a materialidade já está provada, os indícios de autoria são fortíssimos".
A magistrada também argumentou que, em liberdade, o acusado pode tentar dificultar o curso normal do processo e, ainda, tentar intimidar testemunhas. Além disso, ela destaca que, concedendo o benefício, o jovem pode voltar a cometer o mesmo crime, já que "sentir-se-ia premiado, confiante na impunidade".
Guilherme foi preso após ser investigado durante 1 mês pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar. A suspeita era de que ele comercializava os entorpecentes em festas de música eletrônica da cidade. Com a proximidade de um evento, ele passou a ser monitorado e foi flagrado saindo do edifício onde morava, no bairro Baú, com uma cartela de adesivos LSD.
No apartamento do mesmo, também foram encontrados 30 comprimidos de ecstasy, 37 cápsulas montadas com um pó branco, também de ecstasy, uma sacola com cápsulas vazias, balança de alta precisão, mais R$ 73,45 em moedas, além de outra pequena quantia de dinheiro. Outros R$ 2,2 mil estavam em posso do mesmo.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.
Comentários