O carro do príncipe Charles foi atacado nesta quinta-feira por manifestantes, durante o protesto estudantil em Londres contra a elevação do preço das matrículas universitárias, mas ele e sua esposa, Camilla, saíram "ilesos", informou uma fonte da Clarence House, residência oficial do herdeiro do trono britânico.
Charles, de 62 anos, e Camilla, de 63, Duqueza da Cornuália, seguiam para um teatro no centro de Londres, quando seu carro foi chutado por manifestantes.
O vidro traseiro lateral do veículo, onde Charles estava sentado, foi quebrado e o carro, atingido por tinta branca.
Horas depois, ao sair do teatro, Camila disse que estava "bem" e brincou que "sempre há uma primeira vez para tudo".
Os manifestantes cercaram o Rolls Royce do príncipe em um cruzamento, após o veículo se afastar da escolta policial, segundo testemunhas.
Charles e Camila pareciam assustados com a ação dos manifestantes, que retornavam do grande protesto no centro de Londres, disse uma testemunha.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, qualificou o ataque de "chocante e lamentável".
Estudantes e policiais se enfrentaram no centro de Londres, onde dez agentes e 38 manifestantes saíram feridos, e 22 pessoas foram detidas.
A câmara baixa do Parlamento britânico aprovou na tarde de hoje o polêmico projeto de lei que pode triplicar o preço das matrículas universitárias na Inglaterra.
O projeto de lei, que integra o pacote de austeridade anunciado pelo governo para reduzir o déficit público, aumentará a partir de 2012 o preço das matrículas universitárias das atuais 3.290 libras (por ano) para 6.000 e até 9.000 libras (14.200 dólares) "em circunstâncias excepcionais".
A alta também afetará cidadãos de outros países da União Europeia (UE) que estudam na Grã-Bretanha, mas exclui estrangeiros de fora do bloco, que já pagam matrículas muito mais altas e fixadas livremente por cada universidade.
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