Irã: acusada de adultério que seria executada é libertada, afirma ONG
A iraniana Sakineh Ashtiani, 43 anos, a mulher que ia ser executada por adultério, foi libertada, assim como o filho e seu advogado, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira pela Comissão Internacional contra a Pena de Morte e o Apedrejamento. A data da libertação não foi informada.
"Recebemos do Irã a informação de que estão livres", disse Mina Ahadi, porta-voz do comitê contra a lapidação, com sede em Berlim. "Esperamos ainda a confirmação. Aparentemente, esta noite há um programa que deve ser exibido na televisão e aí saberemos 100%. Mas, sim, ouvimos que está livre e também seu filho e seu advogado", disse Ahadi.
O filho e o advogado de Sakineh haviam sido detidos em outubro no Irã, junto com dois jornalistas alemães. Há um mês, a comissão alertou que tinha provas de que a mulher seguia viva e não seria executada.
Mohammadi-Ashtiani foi condenada à morte por dois tribunais diferentes em 2006 pelo envolvimento no assassinato do marido. Em 2007, sua pena pelo assassinato foi reduzida, em apelação, a 10 anos de prisão, mas sua sentença a morrer apedrejada por adultério foi confirmada no mesmo ano por outra corte de apelação.
A revelação do caso, em julho passado, por associações de direitos humanos, causou uma forte mobilização no Ocidente, onde muitos países e personalidades pediram que a sentença não fosse aplicada.
Com informações da agência AFP e do jornal El Mundo.
Comentários