Seca compromete nível do rio Vermelho

 

De acordo com o coordenador da Defesa Municipal de Rondonópolis, Erimar Bezerra, o nível do rio está próximo do mínimo registrado pela Agência Nacional de Águas (ANA), quando foi apontado 1,28 metro. 

 

Erimar afirmou que o rio abastece 50% das residências no município e se a condição não normalizar o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) vai ter que realizar um rodízio entre as casas. 

 

Segundo o presidente da Colônia de Pescadores de Rondonópolis, Eleno Saldanha Dantas, com a seca, os pescadores têm que viajar mais de 200 quilômetros para buscar os peixes. O trajeto tem que ser feito de caminhonete e de barco a motor, o que encarece o produto final em pelo menos 50%. “Os mercados estão tendo que importar peixe de Goiás e da Amazônia para suprir a demanda”. 

 

Ele afirmou que não praticamente não peixe nem para a subsistência dos pescadores. “Vamos buscar os peixes grandes, mas até os pequenos estão escassos por aqui”. 

 

Conforme o 9º Distrito de Metereologia de Várzea Grande, ligado ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a última chuva registrada no município foi em 26 de junho, quando o volume de precipitação foi de 2,5 milímetros. A última chuva forte na região foi vista apenas no dias três de junho, quando foi captado 36,6 milímetros de água. 

 

De acordo com o gerente de monitoramento da Defesa Civil Estadual, Wilson Ribeiro da Silva, a seca tem abaixado também o volume dos rios Cuiabá, Paraguai e do lago do Manso. Ele afirmou que se a seca persistir na Capital a cidade também terá problemas com abastecimento. “Mais uma ou duas semanas sem chuvas e nós vamos entrar no estado de urgência definitivamente”. 

 

De acordo com o Inmet a última chuva registrada na Capital foi em 23 de julho, quando choveu apenas 1,2 milímetros.