Lula elogia resultado do PIB e ressalta distribuição de renda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quinta-feira o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do país no terceiro trimestre. De acordo com dados do IBGE, a economia brasileira registrou expansão de 0,5% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.
Ao discursar durante balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o presidente disse que o dado demonstra a linha do governo de combinar crescimento econômico com distribuição de renda.
O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma dos bens e serviços produzidos no país em um certo período --é formado pela indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.
No terceiro trimestre, em relação a igual período em 2009, a expansão foi de 6,7%. Já no acumulado do nove primeiros meses, a economia teve elevação de 8,4% frente ao período de janeiro a setembro do ano passado.
Ao todo, a economia movimentou R$ 937,2 bilhões de julho a setembro. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em setembro) indica alta de 7,5% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
O investimento, medido pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), subiu 3,9% no terceiro trimestre, se comparado ao segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre de 2009, houve alta de 21,2%. No acumulado dos nove primeiros meses, a expansão foi de 25,6%, e nos últimos 12 meses, a alta chega a 20,2%. A taxa de investimento representou 19,4% do PIB no terceiro trimestre.
O resultado da economia no trimestre passado também foi elogiado por ministros do governo Lula.
Para Paulo Bernardo, do Planejamento, o resultado mostra que o PIB deve crescer pelo menos 8% em 2010. "Cresceu menos no terceiro trimestre, mas é bom lembrar que foi comparado sobre uma base maior. Mesmo se não crescer nada nos últimos meses do ano, registraremos alta de 7,4% ou 7,8% no ano. Acredito que na verdade cresceremos 8%", disse o ministro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou a previsão para o ano, de 8%. Durante discurso no balanço do PAC, o ministro afirmou que o crescimento de 7,5% já está garantido. Mas no último trimestre o PIB deve crescer mais de 0,5%.
"O [crescimento do] PIB brasileiro é o segundo maior do mundo, só atrás da China. Nós passamos a Índia, que costuma ser a segunda", comemorou.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que o incremento de 0,5% confirma o diagnóstico do BC de que a economia brasileira começa a se ajustar a um ritmo de crescimento "mais condizente com o equilíbrio de longo prazo".
Para ele, a expansão também indica que o país superou o "ligeiro período de arrefecimento mais intenso" e que o crescimento da taxa de investimento "indica que o bom momento da economia deve prosseguir ao longo dos próximos trimestres".
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