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Cidades/Geral
Quinta - 09 de Dezembro de 2010 às 08:52
Por: Fernando Duarte

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Mais de 370 adolescentes serão assassinados nos próximos 7 anos em Mato Grosso. A maioria dos homicídios acontecerá por arma de fogo, sendo 184 vítimas somente em Cuiabá. Os dados são do Índice de Homicídio na Adolescência (IHA), divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República que estima a morte de 32 mil adolescentes nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre 2007 e 2013.

Em Mato Grosso, a pesquisa contou com 4 municípios. Além da Capital, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Os várzea-grandenses são os que apresentam o IHA mais elevado: 3,27 adolescentes de 12 a 18 anos assassinados para um grupo de mil habitantes. Em seguida Cuiabá com 2,63, Sinop (2,3) e Rondonópolis (1,87).

O estudo ocorreu entre os anos de 2005 e 2007 e foi divulgado na manhã de ontem (8) em Brasília. "Estados como Alagoas, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo, o risco relativo de morrer vítima de uma arma de fogo é mais elevado". No caso de Mato Grosso, o risco é exatamente 10 vezes comparado a outros meios, perdendo apenas para Alagoas (12,7 vezes) e Rio Grande do Norte (10,8).

O delegado Antônio Garcia de Mato, da Homicídios, acredita que essa pesquisa serve para alertar a sociedade para necessidade da criação de políticas de segurança pública. "É importante saber o motivo destas mortes. Se acabar com ele, não tem homicídio". No entanto, ele questionou a forma como os pesquisadores chegaram a esses números, já que "homicídio é momento".

Garcia lembra que a droga ainda é um dos principais motivos para as mortes, geralmente quando o jovem usa e fica em dívida com os traficantes. "Os números são projeções para que também haja mudanças sociais, manter os estudantes mais tempo na escola, em período integral, é uma delas".

O trabalho foi desenvolvido pela entidade Observatório de Favelas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Laboratório da Análise da Violência (LAV) e a Secretaria de Direitos Humanos. As instituições se basearam nos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, declarações de óbito e na população dos municípios.





Fonte: A Gazeta

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