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Quarta - 08 de Dezembro de 2010 às 07:25
Por: Sonia Fiori

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O racha no bloco do PDT, PV, PPS e PV pela alternância de nomes numa disputa pela primeira suplência do senador eleito Pedro Taques (PDT) expõe um quadro grave que poderá ocasionar no pedido de cassação do registro de candidatura. Na tarde de ontem, o presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, confirmou a alteração da sua assinatura no processo de registro de candidatura dos suplentes do ex-procurador da República, Pedro Taques.

Este é só mais um episódio da disputa interna, após a celeuma desencadeada na semana passada, quando o primeiro suplente José Antonio de Medeiros (PPS) denunciou sofrer ameaças supostamente de um grupo do PV para que ele fosse substituído da primeira suplência para a segunda, ocupada pelo empresário Paulo Fiúza (PV).

A coligação Mato Grosso Melhor Pra Você - composta pelo PV, PPS, PSB e PDT - fez uma alteração no registro de candidatura da chapa majoritária ao Senado após o empresário José Gonçalves Viana (PDT), o Zeca Viana, renunciar à disputa pela senatoria por uma vaga a deputado estadual, sendo substituído por José Medeiros, na primeira suplência. Viana foi eleito para Assembleia Legislativa.

A mudança neste caso exigiria a assinatura dos responsáveis pelas legendas aliadas para alterar a ata da convenção. Mesmo aprovada a substituição dos suplentes pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no dia 2 de setembro, o deputado Valtenir Pereira, presidente do PSB, afirma que a assinatura não é sua.

Na data, a Corte Eleitoral também oficializou o nome de Paulo Pereira Fiúza (PV) como segundo suplente de Taques. Informações apontam que, no período, devido à proximidade do fim do prazo para alterações na ata de requerimento de registro de candidatura, a ausência de Valtenir teria provocado decisão interna de encaminhar o processo ao TRE, pedindo a troca dos suplentes, com possível falta assinatura do presidente do PSB.

O dirigente partidário assegurou, ontem, que a sua assinatura não confere com a verificada no documento que homologa o nome de Medeiros na primeira suplência do senador Pedro Taques. Ele não soube explicar os motivos que poderiam ter levado os responsáveis pela área jurídica do bloco a tomar tal atitude.

O assunto, que revela um cenário de possível irregularidade, veio à tona após confusão no grupo marcada por uma disputa entre Paulo Fiúza e Medeiros pela primeira suplência. As versões de ambos divergem. Fiúza sustenta que, convidado por Mauro Mendes para colaborar com o grupo político, aceitou a proposta para ocupar a primeira suplência, tendo Zeca Vianna na segunda.

Segundo ele, um erro material de ordem jurídica teria invertido as posições dos nomes. Com a desistência de Vianna para pleitear a suplência, a coligação teria solicitado a substituição de Medeiros por Vianna.

Membros do PPS, no entanto, sustentam que com a desistência do presidente do PPS, Percival Muniz, de disputar o Senado, ficou assegurado ao partido a primeira suplência de Taques. Nesse enredo, teria ficado acordado com a legenda a vaga para Medeiros. Em documento encaminhado a Corte Eleitoral, no dia 26 de julho, a coligação sustenta “erro material”, pedindo a inversão dos nomes de Vianna e de Fiúza, sendo que o último deveria passar para a primeira suplência. O TRE e o Ministério Público Eleitoral preferiram não se posicionaram a respeito do assunto.






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