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Internacional
Sexta - 27 de Dezembro de 2013 às 21:16

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Três pessoas morreram em confrontos entre islamitas e adversários destes em todo o Egito, e a polícia deteve 265 pessoas ao reprimir manifestações da Irmandade Muçulmana, informou o Ministério do Interior.



 
"As ações da Irmandade causaram a morte de três cidadãos, ao se confrontarem com moradores", destacou o ministério em um comunicado.



 
As prisões e os confrontos ocorrem dois dias após o governo egípcio declarar a Irmandade Muçulmana, grupo ao qual pertence o presidente deposto, Mohamed Mursi, como uma organização terrorista.



 
Os manifestantes foram presos quando estavam reunidos em várias cidades do país, segundo uma autoridade policial.



 
No Cairo, uma coluna de fumaça negra se erguia sobre a zona de dormitórios da Universidade Al-Azhar, de onde os manifestantes respondiam a pedradas a polícia, que lançava bombas de gás lacrimogêneo.



 
Na cidade de Samalut, pertencente à província de Minya, ao sul do Cairo, um manifestante morreu baleado nesta sexta-feira nos confrontos com a polícia, declarou o funcionário de um hospital local à AFP.



 
Outras confrontos foram registrados em Ismailiya, junto ao canal de Suez, segundo jornalistas da AFP.



 
A polícia havia advertido que não toleraria nenhum tipo de protesto da Irmandade Muçulmana - que exige o retorno ao poder de Mursi - depois que o governo incluiu na terça-feira as atividades desta organização no âmbito da legislação antiterrorista.



 
A decisão foi promulgada um dia após um atentado contra um edifício policial que deixou quinze mortos, reivindicado por um grupo jihadista, mas denunciado pela Irmandade.



 
Na quinta-feira, por sua vez, a explosão de um artefato explosivo deixou cinco feridos em um ônibus no Cairo.



 
O ministério do Interior já havia informado na quinta-feira sobre a morte de um homem em confrontos entre estudantes islamitas e grupos de civis adversários de Mursi nas imediações da Universidade Al-Azhar.



 
A Irmandade Muçulmana denunciou as medidas tomadas contra ela e prometeu nesta sexta-feira seguir as manifestações pacificamente.


 
Depois de derrubar o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, os militares instauraram um governo interino e lançaram uma repressão extremamente sangrenta contra os manifestantes partidários de Mursi.


 
A implacável campanha do novo governo deixou até agora mais de mil mortos e milhares de islamitas presos.





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