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Saúde
Terça - 07 de Dezembro de 2010 às 07:39

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Trinta e dois médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vão decidir hoje se cruzam os braços em uma paralisação por tempo indeterminado. A medida pode afetar a prestação de atendimento médico de emergência na Grande Cuiabá, sobretudo, no final do ano, quando os acidentes de trânsito aumentam consideravelmente. Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), os profissionais trabalham em más condições, desempenham dupla função e são comissionados, ou seja, não recebem nenhum outro benefício trabalhista além do salário, que hoje chega a R$ 4 mil.

Além de prestar socorro no local do acidente, os médicos do Samu também fazem a regulação da internação do paciente. Segundo eles, essa dupla função tem atrapalhado os atendimentos, pela falta de estrutura do próprio Samu. Segundo o representante do Sindimed, Edinaldo Lemos, os médicos estão passando por constrangimentos, já que uma reclamação pode se transformar em uma demissão. “A gente quer que se faça concurso público para selecionar os melhores profissionais para atender a população e criar estabilidade na carreira”, aponta o representante do Sindimed.

A paralisação contraria os planos do governo do Estado que pretende descentralizar o Samu, levando o serviço para todas as regiões do Estado. “Se quer universalizar, que contrate mais profissional”, assegura Lemos.

A reportagem entrou em contato com o diretor do Samu, Daúde Abdala. Por telefone, ele informou que ainda não havia sido notificado do movimento grevista. Abdala reforçou que todos os médicos sabiam das condições que iriam enfrentar. “Todos já sabiam que iriam fazer rua e regulação”, afirmou. Ele ainda disse que os salários estão em dia e que aguarda dos médicos projeto para criação de concurso público. Por mês, o Samu realiza cerca de 1,6 mil resgates na Grande Cuiabá. Cada médico trabalha em dois plantões semanais de 12 horas cada.

SANECAP - Funcionários concursados da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) entraram em greve ontem por tempo indeterminado. O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de Cuiabá informou que 120 pessoas aderiram à paralisação.

Algumas das reivindicações da categoria são melhorias salariais, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, a adoção de um plano de saúde para os servidores, implantação de piso salarial, aumento no valor do vale-refeição, adicional de insalubridade, licença-maternidade de seis meses (atualmente são quatro). O presidente do Sindicato, Ideueno Fernandes de Souza, disse que a categoria está em negociação há meses, sem sucesso, com a Sanecap. “Mas a diretoria se comprometeu a apresentar contra-proposta nesta terça”, disse.






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