A surpreendente eliminação na Copa Sul-Americana 2010 abalou as estruturas do Palmeiras. Um dia depois da derrota para o Goiás em casa, o diretor Wlademir Pescarmona reuniu o elenco na Academia de Futebol e deixou claro que aquele que tivesse uma proposta de transferência poderia apresentar à diretoria para ser liberado.
O primeiro a reagir à bronca foi o atacante Kleber. Irritado, cobrou publicamente dois direitos de imagem atrasados. Mas o volante Marcos Assunção confessa que também ficou incomodado com as palavras do comandante do departamento de futebol do time alviverde.
"A questão é a seguinte, diretor (Pescarmona) não pode falar o que falou. Claro que o Kleber poderia deixar a questão dos salários internamente. Mas o diretor errou. A partir do momento que tem uma ação, há uma reação", afirmou o meio-campista, presente à festa Craque do Brasileirão 2010, no Rio de Janeiro.
Como todos os lados estavam de cabeça quente pela eliminação, a reunião na Academia de Futebol foi marcada por grande tensão. O próprio Marcos Assunção revela que evitou criar mais confusão.
"No momento em que tudo aconteceu, eu também pensei em falar algo. Fiquei chateado. Essas coisas vão virando uma bola de neve. Problema de casa precisa ser resolvido dentro de casa", emendou.
Mesmo com o entrevero do fim da temporada, Marcos Assunção diz que não pretende abandonar o Palmeiras. O atleta está disposto, inclusive, a renovar o contrato no Palestra Itália, válido até o meio do ano.
"Não estou chateado, gosto da torcida, estou bem no clube. Só acho que cada um precisa assumir o erro. Precisamos falar a mesma língua para o trabalho dar certo", encerrou o especialista das bolas paradas do Palmeiras.
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