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Saúde
Segunda - 06 de Dezembro de 2010 às 19:09

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Não há estudos brasileiros sobre os desfechos das cirurgias de separação de gêmeos siameses. Também não se sabe qual a média de sobrevivência daqueles que não podem ser separados.

Um dos maiores trabalhos já feitos no país sobre o assunto foi publicado neste ano na "Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia". Foram analisados 14 pares de siameses atendidos no HC de Ribeirão Preto em 25 anos.

A cirurgia de separação só foi possível em um dos pares, duas meninas, que sobrevivem em ótimas condições de saúde após oito anos, segundo os médicos. Dos 13 restantes, dez morreram no mesmo dia do nascimento e três sobreviveram apenas alguns meses (menos de um ano).

Em razão do mau prognóstico dos bebês e do risco às mães (dependendo da deformidade, é preciso uma grande incisão uterina), os autores do estudo sugerem que os obstetras discutam com a grávida a possibilidade de interrupção da gestação.

Neste ano, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou o aborto de gêmeos xifópagos, no sétimo mês de gestação. A decisão se baseou em relatório da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que atestou que os bebês não teriam chance de sobreviver.

O relator do caso, desembargador Amado Faria, defende que a questão deva ser discutida no Supremo Tribunal Federal, na ação que trata de aborto de anencéfalos.






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