Em todos os níveis de escolaridade, pessimismo também cresceu
Pessimismo com a economia cresce entre os mais ricos
O pessimismo cresceu entre os brasileiros de maior renda em novembro, enquanto, para a faixa mais pobre da população, houve redução.
Estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta segunda-feira (6) revela que a proporção das famílias com renda mensal de mais de dez salários mínimos (mais de R$ 5.100) que espera uma piora na situação econômica nos próximos 12 meses chegou a 10,17% no mês passado. Em outubro, essa proporção era de apenas 2,4% dos entrevistados.
Já para o grupo com faixa de renda de até um salário mínimo (R$ 510), o percentual de pessimistas diminuiu de 11,5% para 10,73%.
A expectativa de piora também foi acentuada entre os níveis mais altos de escolaridade. Entre as pessoas com nível completo ou cursos de pós-graduação, a proporção dos que esperam ventos contrários foi de 21,15% - mais que o triplo dos 6% vistos em outubro.
Nos outros níveis de escolaridade também foi registrada uma piora significativa. Para quem não concluiu a faculdade, a proporção chegou a 11,59% dos entrevistados, contra 2,9% em outubro. Para os brasileiros sem escolaridade (de 10,4% para 17,34%), com ensino fundamental incompleto (de 7,1% para 13,61%) e completo (de 6,6% para 12,33%) o próximo ano também não deverá ser fácil.
Para quem tem ensino médio incompleto a parcela dos que esperam 12 meses mais difíceis à frente quase quintuplicou: de 4,2%, passou a 19,65%. Quem concluiu o ensino médio também vê uma piora: de 6,1%, os pessimistas passaram a 14,58%.
No geral, entretanto, predomina ainda o otimismo. O índice para o país ficou em 65,6 pontos (em uma escala de 100) no mês de novembro, resultado 3,5% superior ao verificado em outubro. A melhora da expectativa positiva em relação aos próximos 12 meses foi puxada pelos mais pobres, passando de 73,8% para 77,6%. Entre os mais ricos também aumentou, porém menos: de 84,5% para 84,75%.
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