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Policia MT
Domingo - 05 de Dezembro de 2010 às 09:03
Por: Adilson Rosa

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O superintendente da Polícia Federal (PF) em Mato Grosso, Valmir Lemos de Oliveira, descartou a hipótese de o casal de equatorianos José Luis Zambrano Escalante e Lipsi Felícia de Zambrano, ambos de 29 anos, ter trazido 177,2 quilos de cocaína através das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O casal foi preso por policiais do Gefron no dia 15 de novembro, na barreira do Limão, na divisa com a Bolívia.

Segundo Valmir Lemos, toda a história contada pelo casal demonstra até uma certa coerência entre a saída da Colômbia até a chegada na fronteira com a Bolívia, mas seria economicamente inviável. “O tráfico é um comércio, e como todo comércio, visa lucro. Esse percurso seguido não traria lucro algum”, observou. O superintendente acredita que a droga tenha vindo mesmo da Bolívia e seria distribuída em outros estados.

A informação de que as Farcs estariam por trás desse carregamento causou alvoroço nas autoridades da área de Segurança Pública em Mato Grosso, pois se acreditava numa nova rota do tráfico e, também do envolvimento da organização com o tráfico, tendo Mato Grosso como rota.

O que chamou a atenção é que a droga apreendida é cloridrato de cocaína – a droga em forma de sal ou pó e pode ser injetada na corrente sanguínea ou aspirada. O entorpecente foi encontrado no assoalho da caçamba da caminhonete modelo Mazda, com placas do Equador. O casal que viajava até Cáceres levava ainda a filha menor de idade.

O equatoriano contou aos policiais que quatro integrantes das Farc estavam lhe dando escolta desde a divisa do Equador com Peru até a cidade de San Matias, na Bolívia. A partir daí, perdeu contato com eles.

O traficante disse ainda que na cidade boliviana se encontraria, em um hotel, com um homem e receberia US$ 3 mil, que deveriam ser levados para Guaiaquil, no Equador. À polícia, o equatoriano disse que a droga seria levada para os grandes centros do país.

Conforme da PF, no Brasil, o consumo da cocaína boliviana é maior por ser mais barata. A cocaína colombiana, bem mais refinada e mais cara, é remetida à Europa ou aos Estados Unidos, onde pode ser vendida em dólares ou euros.






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