Prefeitos cassados teriam comprado votos
Desde a eleição municipal de 2008, mais de vinte prefeitos mato-grossenses já foram cassados, acusados de compra de votos e outros crimes eleitorais. A maioria conseguiu se manter no cargo por força de liminar. Neste ano, além de Poconé, Novo Mundo e Campos de Júlio, o TRE realizou eleições suplementares em Santo Antônio de Leverger e Ribeirão Cascalheira. A cidade de Matupá deve engrossar a lista das cidades que realizaram nova eleição para prefeito.
A denúncia de que teria empregado em cargo comissionado uma das filhas de Luzinete Pereira Alves para conquistar os votos da família foi o que levou o prefeito eleito de Poconé, Clóvis Damião (PTB), a ser cassado. Conforme a denúncia, numa visita à residência de Luzinete, ela afirmou que não iria votar em Damião, o que levou à exoneração de sua filha no cargo da prefeitura. Com a cassação do petebista, quem assumiu a prefeitura foi o presidente da Câmara de Vereadores, Ney Rondon Marques (PTB).
Em Campos de Júlio, a prefeita Claides Lazarette Massuti (PMDB) foi cassada em 1ª e 2ª instâncias por abuso de poder econômico e compra de votos. Conforme denúncia, a prefeita e seu vice, Francisco Caldas Dutra, realizaram evento no dia 5 de setembro de 2008, na fazenda de propriedade da peemedebista, quando receberam de 400 a 600 pessoas, oferecendo transporte, churrasco e bebidas à vontade. O presidente da Câmara de Vereadores, Dorvil Machado (Viller), assumiu o cargo de prefeito.
O prefeito eleito Aurelino Pereira de Brito Filho (PT) também foi condenado em 1ª e 2ª instâncias pela prática de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) através de falsificação de documentos que permitiam a aposentaria de eleitores da cidade. O presidente da Câmara Municipal, Valério Ortêncio Savedra, exercerá a função de chefe do Executivo municipal.
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