33 foram indiciados na operação no Araguaia
A Polícia Federal concluiu inquérito referente às investigações da Operação Atlântida. Ao todo, foram indiciadas 33 pessoas sendo 15 empreiteiros, 2 engenheiros, 11 servidores públicos municipais, 4 servidores da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e 1 da Caixa Econômica Federal (CEF). Os nomes não foram revelados oficialmente porque toda a investigação tramita em segredo.
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em licitação, falsidade ideológica, peculato (apropriação indevida do dinheiro público) e advocacia administrativa (funcionário público que usa o cargo para interesses privados). Todos acusados foram soltos 5 dias depois.
Agora, toda documentação será remetida ao Ministério Público Federal (MPF) que decide se oferece ou não denúncia a Justiça Federal. A ação foi deflagrada em 19 de novembro para desarticular uma quadrilha que desviou R$ 38 milhões dos cofres públicos por meio de fraudes em licitação na região do Araguaia.
Somas de dinheiro em espécie que atingem R$ 131.970,00 e US$ 48 mil estão na relação de documentos apreendidos além de 21 veículos, documentos e equipamentos de informática. Todos os bens móveis e imóveis dos investigados estão seqüestrados em razão de decisão da 3ª vara federal.
Foram cumpridos 26 mandados de prisão temporária, 35 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de condução coercitiva, distribuídos em Cuiabá, Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Canarana, Novo São Joaquim e Ribeirãozinho.
A ação foi resultado de um trabalho conjunto da Polícia Federal (PF) com a Controladoria Geral da União (CGU) em fevereiro deste ano. O dinheiro desviado vinha de convênios dos municípios mantidos com órgãos federais como ministérios das Cidades, Integração e Saúde. Embora a PF tenha admitido que parte das vendas tinham origem em emenda parlamentar, não ficou comprovada participação de deputado federal.
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