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Policia MT
Sexta - 03 de Dezembro de 2010 às 14:13
Por: Mayara Michels

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Claudio Colombo/Foto Canan/ Campo Novo
Populares conferem o estrago causado pela explosão no BB de Campo Novo
Populares conferem o estrago causado pela explosão no BB de Campo Novo

A quadrilha que assaltou a agência do Banco do Brasil de Campo Novo do Parecis (396 a Noroeste de Cuiabá), na manhã de quinta-feira (2), invadiu a sede de uma fazenda próxima à cidade de Nova Maringá, durante a madrugada desta sexta-feira (3).

Segundo informações da Polícia Militar, além de se alimentarem na residência, os bandidos, fortemente armados, saquearam a sede da fazenda. As informações dão conta de que, durante o assalto, a quadrilha usava fuzis, escopetas e até granadas.

Uma denúncia anônima ajudou os cerca de 70 policiais (civis e militares) que estão envolvidos nas buscas. Os assaltantes seguem escondidos na mata fechada, porém, a pé. O grupo abandonou a segunda caminhonete utilizada na fuga na noite de ontem. As barreiras policiais continuam montadas nas rodovias asfaltadas e estradas de terra na região.

Dois helicópteros do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) estão ajudando nas buscas na região, além do Batalhão de Operações Especiais de Cuiabá (Bope) que está no local.

Reconhecimento

O coronel PM Ribeiro e o capitão Pacola, do Bope, que comandam a operação, identificaram, na tarde de ontem, alguns dos bandidos envolvidos com o assalto ao BB. Segundo eles, o chefe do bando foi identificado como "Tio" e seria um velho conhecido da Polícia.

"O capitão Pacola trouxe o arquivo da Polícia com fotos de bandidos e, nestas fotos de assaltantes de bancos, o bandido conhecido como Tio foi reconhecido por alguns reféns como sendo o chefe da quadrilha. Os reféns disseram que ele era o mais calmo. Ele estava tranqüilo e dizia, a todo o momento, que já ia acabar [com o assalto] e que não iria ferir ninguém", contou o coronel, em entrevista ao MidiaNews, por telefone.

Alguns bandidos que estavam com capuz mais fino também foram reconhecidos pelos reféns. Boa parte do grupo participou de assaltos a agências bancárias no interior de Mato Grosso.

Policiais feridos

Na tentativa de evitar o assalto, policiais militares e civis fizeram cerco nas imediações do banco, no Centro de Campo Novo, ontem de manhã, e trocaram tiros com os bandidos. Durante o enfrentamento, o delegado da Polícia Civil, Eder Cley de Santana Leal, foi atingido com um disparo na perna. Ele foi encaminhado ao hospital da cidade e passa bem.

Ainda segundo as informações, outros dois policiais ficaram feridos. O sargento Talismar, da Polícia Militar, foi atingido de raspão no boné, no momento em que assaltantes fuzilaram o veículo Pálio da PM. Outros policiais que também estavam no veículo foram atingidos por estilhaços de vidro e de balas.

Segundo a polícia, todos passam bem.

Denúncia

Denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800 65 39 39 ou para o número de emergência (190) da Polícia Militar.

Entenda o caso

Cerca de dez bandidos assaltaram a agência local do Banco do Brasil e fizeram reféns, na manhã desta quinta-feira (2). A quadrilha invadiu a agência por volta das 9h. Além de assaltar a agência, o grupo fez de reféns os funcionários e todos os clientes que estavam no estabelecimento. A polícia foi acionada e chegou no momento em que o grupo ainda estava no interior do banco.

Foram feitos muitos disparos para o alto, para intimidar a polícia. Mais de 20 tiros foram dados no lado externo. O grupo, antes de fugir com os reféns e o dinheiro (valor não revelado), incendiou a agência. Boa parte dos documentos administrativos e equipamentos foram queimados.

Ainda segundo as informações, os bandidos fugiram levando reféns em duas caminhonetes, uma preta e outra prata, seguindo em direção aos municípios de São José do Rio Claro e Nova Mutum.

Os reféns foram liberados em cima da Ponte do Rio do Sangue, a cerca de 15 km da cidade. Bandidos colocaram a caminhonete atravessada na pista e atearam fogo, para impedir que a policia continuasse seguindo o grupo.

Cerca de 60 policiais civis e militares, além da Polícia Rodoviária, estão realizando as buscas pelo grupo.






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