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Polícia Brasil
Quarta - 01 de Dezembro de 2010 às 22:15

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Dois ex-PMs, pai e filho --ambos investigados por suspeita de envolvimento com uma milícia--, foram assassinados na manhã desta quarta-feira, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O ex-PM Sérgio Ricardo Silva de Lima, 38, e o pai dele, o subtenente PM reformado Délcio Ananias de Lima, 77, levaram diversos tiros de um grupo de homens encapuzados, na hora em que o primeiro chegava na casa do pai, no morro do Chá.

A perícia recolheu 19 cápsulas vazias no local do homicídio, todas de fuzil 762.

De Lima --como o ex-PM era conhecido em Santa Cruz-- desceu de seu carro, uma caminhonete Pajero, por volta das 8h30. Seu pai saiu para abrir o portão e ambos foram baleados. O subtenente Délcio morreu no local; seu filho foi levado para o hospital estadual Rocha Faria, no bairro vizinho de Campo Grande, mas não resistiu.

A morte de pai e filho é investigada pela DH (Divisão de Homicídios da Polícia Civil), a mesma que, desde fevereiro, vinha apurando denúncias de participação deles na milícia Comando Chico Bala, chefiada por Francisco César Silva Oliveira. Ela é apontada por inquéritos policiais como uma das principais exploradoras de vans e kombis na zona oeste do Rio e maior rival de outra milícia da região, a Liga da Justiça, comandada por Ricardo Teixeira da Cruz, conhecido como Batman.

Tanto Chico Bala quanto Batman foram expulsos da PM e presos, mas o segundo fugiu do presídio Bangu 8, em 2008.

Em maio do ano passado, o subtenente Délcio foi apontado por testemunhas como um dos mandantes do assassinato de Cláudio Márcio Ribeiro de Castilho, 38, conhecido como Claudinho, que seria integrante da Liga da Justiça. Ele foi morto em frente ao Iate Clube de Muriqui, em Mangaratiba (litoral sul do Rio), a cerca de 35 km de Santa Cruz, em meio a uma guerra pelo controle de vans na zona oeste e em municípios próximos.

Na mesma ocasião, testemunhas apontaram Délcio como mandante da queima de quatro vans que pertenceriam a Batman, em diferentes pontos de Campo Grande.

Ele também vinha sendo investigado por suspeita de cobrar propina de motoristas cooperativados de vans ligando o conjunto habitacional João 23, em Santa Cruz, ao Centro e à Barra da Tijuca, além de explorar uma central de TV a cabo clandestina no morro do Chá.






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