Compras de fim de ano ajudam a explicar piora na balança, diz governo
A maior procura do comércio por produtos importados para as vendas de fim de ano ajudam a explicar a piora da balança comercial observada no mês passado, diz o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, o saldo da balança em novembro foi o mais baixo desde janeiro.
Ao todo, as importações somaram US$ 17,4 bilhões no mês passado, uma alta de 44,3% em relação ao resultado de novembro do ano passado. As encomendas de bens de consumo, por exemplo, passaram de US$ 2,2 bilhões para US$ 3,1 bilhões no período, crescimento de 40,9%. A importação de máquinas e equipamentos, por sua vez, subiu de US$ 2,8 bilhões para US$ 3,9 bilhões, e as compras de matérias-primas importadas foi de US$ 5,6 bilhões para 7,9 bilhões.
"Com a proximidade do Natal, ainda tem o efeito compras de final de ano. Isso afeta o desempenho das importações", diz Roberto Dantas, da Secretaria de Comércio Exterior do ministério.
Segundo Dantas, a maior parte dessas importações vem da China. No mês passado, 15% dos bens importados que chegaram ao Brasil vieram da China, só perdendo para a União Europeia como principal fornecedor do Brasil.
As exportações, por outro lado, cresceram 39,8% no mês passado quando comparadas com novembro de 2009. A alta foi puxada pelos embarques de produtos básicos como alimentos e minérios, cujas vendas somaram US$ 7,4 bilhões no mês passado, expansão de 69,1%. No mesmo período, a venda de bens manufaturados cresceu 18,4% e chegou a US$ 7,0 bilhões.
As exportações de produtos básicos são favorecidas pela alta nos preços de bens como o minério de ferro no mercado internacional. Já os bens manufaturados sofrem para competir no exterior devido à valorização do real, que acaba aumentando o preço em dólar das mercadorias brasileiras.
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