Gefron ganha helicóptero para patrulhar fronteira em MT após operação no RJ
O Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) vai receber, no próximo dia 14, um helicóptero que será destinado às ações de combate ao crime na fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia. Vai reforçar o patrulhamento em áreas seca (rodovias e estradas) e alagada dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com os países vizinhos - Bolívia e Paraguai, respectivamente, consideradas principais vias de entrada de droga como cocaína e maconha no Brasil. Desde que foi deflagrada a megaoperação das forças de segurança no combate ao crime, especialmente ao tráfico de entorpecente, no Rio de Janeiro, o Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) de Mato Grosso intensificou a estratégia de atuação na faixa de fronteira Brasil-Bolívia, atuando de forma integrada com a Polícia Federal, Gaeco, Polícia Rodoviária Federal além das polícias Civil e Militar.
De acordo com o comandante do Gefron, tenente coronel PM Antônio Mário Ibanez Filho, a rotina do grupamento mudou desde o início das operações no Rio de Janeiro. "Muitos traficantes fugiram durante a operação, e a maioria migra para outros estados. Por isso, intensificamos nossa fiscalização na faixa de fronteira com as patrulhas volantes, além de ações conjuntas com outras forças, em especial com a Polícia Rodoviária Federal, para evitar que essas pessoas entrem com droga da Bolívia para o Brasil", explicou o comandante do Gefron.
O start da megaoperação policial no Rio de Janeiro aconteceu após uma onda de ataques de criminosos na última semana, ações que espalharam medo à população do Estado carioca.
Em Mato Grosso o Gefron atua também em conjunto com a Polícia Federal na operação Sentinela. O trabalho do grupamento é realizado por meio de barreiras fixas nos postos avançados de fiscalização como Limão, Avião Caído, Vila Cardoso, Matão, além dos postos avançados e integrados com o INDEA, sendo eles: Corixa, Corixinha, Las Petas, Ponta do Aterro, Marfil e posto de Fortuna.
O Gefron também atua com barreiras móveis nos locais detectados como via de tráfego de "mulas humanas" (pessoas que transportam drogas), bem como nos locais denominados "cabriteiras" (vias por onde passam veículos roubados). A patrulha também ocorre de forma fluvial, uma vez que parte da fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, 233 quilômetros, é de região alagada.
A faixa de fronteira é a principal rota de entrada de drogas e armamentos que abastecem os grandes centros urbanos. O Brasil tem 16,8 mil quilômetros de fronteiras, sendo a maior parte, 9.523 quilômetros (56,42% do total), de rios, lagos e canais. As fronteiras secas correspondem a 7.363 quilômetros (43,58%).
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