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Economia
Quarta - 01 de Dezembro de 2010 às 08:14
Por: Vívian Lessa

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Mato Grosso terá um orçamento de R$ 1,549 bilhão do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para ser aplicado nos setores empresarial e rural no próximo ano. O volume representa um incremento de cerca de 53% sobre o bolo total previsto para este ano no Estado, que soma R$ 1,013 bilhão. A estratégia que vem sendo utilizada nos últimos anos é dividir, igualmente, o valor nas duas modalidades de empréstimo existentes, recebendo cada uma cerca de R$ 774,735 milhões. O aumento na liberação dos recursos, de R$ 536 milhões, foi confirmada pelo secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, do Ministério da Integração Nacional, Carlos Henrique Menezes Sobral.

Segundo ele, o montante disponibilizado para o Centro-Oeste será de R$ 5 bilhões em 2011. Neste ano, foram liberados R$ 4 bilhões para toda a região. Os recursos podem ser acessados via cooperativa de crédito Sicredi e Banco do Brasil. Conforme Sobral, os números do orçamento 2011 serão apresentados e aprovados oficialmente no dia 14 de dezembro, em Brasília, durante a reunião do Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel). Na pauta, também será discutida a possibilidade do banco Sicredi atender a carteira de médios empreendedores - atualmente a cooperativa trabalha com micros e pequenos empresários.

No que se refere à aplicação dos recursos em Mato Grosso no ano de 2010, dados da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), que administra o FCO Empresarial, apontam que R$ 937,3 milhões foram contratados pelos setores empresarial e rural, recebendo, respectivamente, R$ 534,4 milhões e R$ 402 milhões no período de janeiro a outubro deste ano. De acordo com o assessor técnico da Sicme, Manuel Gomes, as expectativas de contratações no próximo ano devem superar as expectativas.

Ele afirma que em 2010 foi observado forte procura pelos recursos. Conforme ele, os valores viabilizados incrementam a economia estadual. Gomes aponta que a construção civil é um dos setores que têm se destacado na tomada do crédito junto ao FCO. "Outro segmento que também apresenta interesse pelo recurso é o de turismo. Principalmente com o advento da Copa do Mundo, os investimentos com por meio do fundo aumentaram no Estado".

O diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Carlos Henrique Fávaro, destaca que o recurso contribui ativamente para os investimentos no campo. Ele explica que tanto o pequeno quanto o grande produtor sabem como adquirir o recurso, usado para a troca maquinários, reforma de armazéns, entre outras finalidades. Por outro lado, ele avisa que o endividamento no setor atrapalha as novas contratações. "Teríamos que ter uma renegociação com prazo de pagamento acessível ao bolso do produtor, tornando-os adimplentes e aptos para tomar novos créditos".

O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, Paulo Gasparoto, destaca que no setor comercial as obras de infraestrutura ocorrem em função da facilidade do crédito. "As taxas atrativas e a boa condição para pagamento são características que incentivam as adesões ao FCO".





Fonte: A Gazeta

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