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Agronegócios
Sexta - 30 de Agosto de 2013 às 13:26

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encaminhou ao Ministério da Agricultura (MAPA) pedido de manutenção dos leilões PEPRO de milho, no decorrer das próximas semanas, para os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com o técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, da CNA, Leonardo Machado, apesar de ter havido alguma melhora nas cotações do milho, ainda não é o momento de suspender os leilões. 



“A continuidade desses leilões é fundamental para a estabilidade do mercado e a viabilidade financeira dessa atividade”, explica Machado. Uma das razões para a CNA defender a manutenção dos leilões PEPRO de milho está no déficit crônico do Brasil em relação à sua capacidade de armazenagem de grãos.



Essa questão faz com que os preços do produto, nas diferentes regiões produtoras do país, caiam a um patamar abaixo dos valores de paridade na formação do preço, indica a nota  da Comissão encaminhada ao MAPA.


 
Diante de todas essas questões, mesmo com a melhoria nos fundamentos de formação dos preços, a baixa capacidade de armazenagem de grãos impede altas significativas no preço do milho no período  da colheita da safra,  demonstra a CNA.


 
Mercado - Além disso, os fundamentos de oferta e demanda mostra um mercado de milho bastante pressionado. Caso sejam confirmadas as previsões feitas pela Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab),  o “Brasil deve encerrar a safra atual com um estoque de 19,3 milhões de toneladas de milho, ou seja, o maior estoque de passagem já registrado no país”.


 
Machado destaca que, apesar do clima seco existente nas regiões produtoras de milho nos EUA, a maioria das lavouras americanas se encontra em estágio bastante avançado. Em tais condições, completa o técnico, “ainda podemos esperar uma boa safra de milho naquele país, voltando a pressionar os preços internos da cultura no Brasil”.


 
Deságio – No último leilão PEPRO, realizado na terça-feira (27), o deságio do prêmio chegou a 52,5% em Goiás, 26,5% na Região I de Mato Grosso (Norte do Estado) , e atingiu 12,5%, na Região II (Centro Norte matogrossense).  O interesse do produtor nos prêmios dos leilões PEPRO, segundo Leonardo Machado, “demonstra o interesse do agricultor em obter o auxílio da equalização do preço e, em consequência, a necessidade de sua realização”.





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