Farmácias da Capital vendem antibióticos sem receita
Farmácias de Cuiabá continuam vendendo antibióticos sem receita médica, descumprindo a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que entrou em vigor no domingo (28). A reportagem esteve ontem em 7 estabelecimentos e conseguiu comprar em 2 deles, sem nenhuma dificuldade, caixas de amoxilina e cefalexina. O objetivo da normatização é evitar o consumo desnecessário do produto, que causa a resistência de microorganismos, dificultando o tratamento.
Em uma das unidades irregulares, localizada na avenida do CPA, o balconista nem sequer perguntou o motivo da compra. Já em uma farmácia da avenida Mato Grosso, o farmacêutico disse que era proibido e aconselhou a levar 2 caixas. Ele disse que seria difícil adquirir depois.
Após o pagamento, o profissional tomou precauções para não ser identificado posteriormente. A nota fiscal não foi impressa no caixa e sim no balcão. O documento não tinha nenhuma informação sobre o comércio, como nome, CNPJ e endereço. O homem também retirou adesivos com a logomarca da farmácia que estava na caixa e riscou o número do recibo.
Enquanto alguns descumprem a resolução, outros fazem questão de informar os clientes, como a farmácia Pague Menos, São Bento, Pramym e Droga Chick, que exigiram a prescrição médica.
Outro lado - A fiscalização da venda de antibióticos será inclusa na rotina da fiscalização. O coordenador da Vigilância Sanitária Municipal, Divalmo Pereira Mendonça, acredita que será complicado garantir a aplicação da norma. Ele explica que quando for confirmada a infração, o proprietário será notificado e, caso haja reincidência, multado em R$ 180. A penalidade é sobre a ação e não está ligada à quantidade de produtos vendidos sem receita. Caso a infração persista, pode haver interdição e cassação do alvará de funcionamento.As atitudes extremas dependem de um processo com amplo direito de defesa.
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