Crescimento acima da média não é total no Estado: Itaúba tem 2º menor avanço do país
MT ultrapassa 3 milhões de habitantes em 2010
Mato Grosso alcançou, em 2010, a população de 3.033.991 habitantes. É o que diz o Censo Populacional divulgado oficialmente ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 10 anos, a população mato-grossense cresceu 21,15%, índice acima do registrado na região Centro-Oeste (20,74%). Isso representa, em números absolutos, um acréscimo de 529.638 pessoas.
No ranking entre os 26 estados e o Distrito Federal, Mato Grosso figura na 19ª posição e representa 1,60% da população brasileira, que atingiu a marca de 190.732.694 pessoas no levantamento deste ano.
Comparando os censos realizados em 2000 e 2010, entre os 141 municípios do Estado, 41 sofreram redução populacional e outros 100 registraram aumento.
A maior perda populacional ocorreu no município de Itaúba, distante a 600 quilômetros de Cuiabá. A cidade perdeu 46% das 8.565 pessoas e chegou em 2010 com apenas 4.570 pessoas e foi a segunda do país em perda populacional (ver matéria). Além de Itaúba, os maiores decréscimos foram registrados em Novo São Joaquim (-36,15%), Aripuanã (-32,58%), Porto Estrela (-22,69%), Nova Brasilândia (-20,62%), Araguainha (-19,01%), Jauru (-18,04%), Terra Nova do Norte (-17,47%), Marcelândia (-16,99%) e Salto do Céu (-16,51%).
Em Mato Grosso a contagem populacional em 15 municípios com maior queda de habitantes em relação à expectativa do IBGE passou por revisão. Destes, apenas quatro tiveram a situação confirmada. Terra Nova do Norte, São Félix do Araguaia (-1,46%), Marcelândia e Tabaporã (-8,53%) perderam população e vão se juntar àqueles que terão perda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do governo federal, que se orienta pela quantidade de habitantes para liberar recursos em cada cidade brasileira.
Entre os 100 municípios que mais cresceram, quatro superaram as expectativas do IBGE. Lucas do Rio Verde (135,79%) apresentou o melhor desempenho. O município saltou de 19.316 para 45.545. Em seguida aparecem Sapezal (129,85%), Nova Mutum (113,48%) e Juruena (106,85%).
O Censo ainda mostrou um Mato Grosso urbano. De acordo com o IBGE, 81,89% da população mato-grossense vivem na cidade e outros 18,11%, na zona rural. Rondolândia, por exemplo, é o município mais rural do Estado, com 76,7% de sua população no campo. No topo dos urbanos figura Várzea Grande, com 98,5% de habitantes vivendo na parte urbana da cidade. O Estado ainda possui mais homens do que mulheres. São 1.548.894 homens para 1.485.097 mulheres, uma diferença de 63.797.
CONTAGEM – Para chegar aos 3.033.991 mato-grossenses, o IBGE utilizou o mecanismo da imputação porque encontrou 21.764 domicílios fechados no Estado, que ficariam de fora do levantamento. A técnica consiste em multiplicar as residências em questão pela média de habitantes por domicílio (3,31). Com esse mecanismo, muitos municípios saíram da “lista negra” (da redução populacional), que partiu de 98 para 41 cidades.
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